Quinta-feira, 19 Dezembro, 2024
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MERCADOS INFORMAIS: Venda de carnes constitui perigo à saúde pública

Por admin-sn
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APROXIMA-SE cada vez mais a quadra festiva de Natal e fim-de-ano e com ela muito frenesim. Entre as iguarias servidas nas festas de famílias, as carnes figuram como principal preferência.

Porém, a Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE) em Nampula desaconselha a compra nos mercados informais.

A venda de carnes bovina e suína no mercado informal multiplica-se nestas alturas do ano. Dada a procura, os preços aumentaram, ainda que com alguma ligeireza, para a tristeza de muitos cidadãos que não poderão ter à mesa um naco de carne para celebrar, como é costume dos moçambicanos, regra geral.

Desconhece-se, em muitos casos, onde é que os animais (seja gado bovino, caprino, suíno ou de outra espécie) são abatidos e em que condições a carne é transportada e conservada até chegar ao comprador.

A nossa Reportagem escalou alguns locais de venda informal de carne bovina, nos bairros de Muatala e Muahivire-Expansão, tendo-se deparado, como denominador comum, com uma gritante e arrepiante falta de higiene.

Moscas são atraídas pelo cheiro à putrefação, uma situação que irrita até os próprios vendedores. É que nenhum comerciante usa meios de frio (congeladores) para conservar a carne, que fica exposta ao sol desde as primeiras horas da manhã ao entardecer.

Por estes motivos, a Inspecção Nacional das Actividades Económicas iniciou com as campanhas de sensibilização aos vendedores informais de carne para que se esforcem em criar condições mínimas aceitáveis para o exercício do seu negócio, numa medida que tem em vista evitar a propagação de doenças diarreicas.

Os trabalhos de sensibilização iniciaram a 15 de Outubro, no âmbito dos preparativos da quadra festiva. O delegado da INAE em Nampula, Silvano Alexandre, disse que as actividades são mais intensas no presente mês.

Silvano Alexandre apelou aos consumidores para estarem mais atentos nos lugares onde vão adquirir os alimentos. No caso das carnes, aconselhou para que os cidadãos recorram aos talhos e não a locais informais.

A Saúde considera que é obrigação do Conselho Municipal assegurar que as carnes e outros produtos sensíveis sejam vendidos em locais apropriados. Manuel Eduardo, director distrital de Saúde, Mulher e Acção Social, defendeu que os gestores da cidade devem ter uma política sanitária municipal para proteger a saúde dos cidadãos contra a venda de produtos contaminados, cujo consumo pode provocar perturbações.

Por seu turno, os vendedores de carnes reconhecem as condições inadequadas em que desenvolvem o seu negócio, mas culpam o Conselho Municipal de, alegadamente, não criar locais apropriados, com todas as condições, como vedação, refrigeração e fiscalização veterinária, para exercerem a sua actividade.

A INAE apela aos agentes económicos para que não haja oportunismo barato e infeliz durante a quadra festiva, deven…

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