Domingo, 22 Dezembro, 2024

Por admin-sn
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Cá da Terra: A primeira impressão (3)

A ÍNDIA possui uma riqueza cultural milenar e é também conhecida pelos seus monumentos históricos e religião de grande espiritualidade, sendo Taj Mahal uma das suas principais atraçções turísticas um dos monumentos mais importantes do mundo.

Localizado na cidade de Agra, foi eleito uma das Sete Novas Maravilhas do mundo moderno e atrai visitantes  todo o ano, estimando-se em cerca de 10 milhões o número de pessoas que escalam aquele lugar por ano, algo só possível num país com qualquer coisa como 1,4 mil milhões de habitantes.

Por isso mesmo, visitar o Taj Mahal é o maior destaque de uma viagem à Índia. A nossa recente visita de descoberta do país, na companhia de outros tantos jornalistas de 15 nações de África, acabou mesmo por contemplar uma passagem por este lugar icónico.

O percurso Nova Deli Agra é servido diariamente por muitos meios, com particular destaque para o comboio que é o que movimenta as centenas de pessoas que escalam o lugar diariamente.

A opção foi mesmo por via rodoviária, o que permitiu contemplar que o desenvolvimento das infra-estruturas é tido em grande conta neste território. 

O percurso de cerca de 219 quilómetros é feito todo ele numa auto-estrada com portagem que tem a particularidade de no seu percurso, estar toda ela ladeada de machambas, para além de dispor de pequenos centros de serviços que são quase que uma paragem obrigatória para quem sobe ou desce. O percurso de ida acabou por ser cumprido em cerca de três horas.

Recomenda-se a quem visita Taj Mahal a reservar um dia inteiro para apreciar todos os detalhes. Acabamos fazendo em menos tempo, considerando que foi-nos reservado um tratamento VIP, afinal estávamos ali a convite do Governo Indiano.

Taj Mahal é do tipo de obras que dificilmente podem ser projectadas e implementadas nos dias de hoje, dados os custos que provavelmente podem estar envolvidos. Basta referir que o Mausoléu central é todo ele de mármore branco (dentro e fora), mandado construir pelo Xá Jahan sobre o túmulo da esposa favorita, Ayumanb Banu Begam que morreu após dar a luz o décimo quarto filho.

Construído junto ao rio Yamuna, tem um brilho particular e espectacular quando visitado sob a luz da lua, período durante o qual as portas estão abertas dois dias antes e dois depois da lua cheia, do período entre  vinte e trinta  e meia noite.  

Mesmo não tendo a lua no horizonte, Taj Mahal é do tipo de turismo de massas que nem os recentes aumentos do custo de entrada para estrangeiros para 15 dólares e menos de meio dólar para os locais, conseguiu abrandar a procura.

O turismo doméstico marca o dia-a-dia do local, proporcionando recursos que depois são usados no restauro das instalações. Por isso mesmo o ritmo de benfeitorias é sistemático se atendermos não só o número de visitas, como também a idade (a construção foi concluída em 1653).

Este património representa em si a combinação de magnificência e arquitectura (entre a islâmica, iraniana, otomana e indiana) e a sua longevidade demonstra como ele foi assumido como um símbolo e parte da vida do comum dos cidadãos indianos.

Quem visita Taj Mahal não mais esquece, apesar da grandiosidade e simbolismo de muitos outros monumentos que tivemos a ocasião de contemplar, como é o caso da Porta da Índia (o  India Gate), uma espécie do arco do triunfo indiana.

Só no espaço de Nova Deli, cidade que nos acolheu nos primeiros três dias da “descoberta”, há pelo menos 20 monumentos de renome, entre os quais  o Jama Masjid, o Qutb Minar, Lotus Temple, o forte vermelho, e o templo Laxmi.

Taj Mahal é o máximo do conjunto por  incorporar e ampliar as tradições idílicas do Islão, da Pérsia, da Índia e da arquitectura mongol.

OsvaldoGêmo-osvaldoroque0371@gmail.com

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