Opinião & Análise Reflexões da Muvalinda: Valores: o que são realmente?! Por Juma Capela Há 9 meses Criado por Juma Capela Há 9 meses 1,6K Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 1,6K Cândida Muvale Muito se fala de valores nos dias de hoje. É comum ouvir: a sociedade moçambicana está a perder valores; ou hoje em dia os valores estão a deteriorar-se, etc.. E nunca dizem de facto se se referem a valores numéricos (números inteiros e decimais), valores textuais (strings), valores lógicos (booleanos que representam verdadeiro ou falso), valores de data e hora, entre outros, pois existem diferentes tipos de valores e cada tipo tem a sua própria representação e é também utilizado para diferentes fins em programação e matemática. Há também valores especiais, como “null” e “undefined”, que representam a ausência de valor ou a falta de definição. Perdoem-me ou não pela introdução, só queria exibir o meu saber, pois bem sei que se referem a valores morais – princípios ou crenças que orientam o comportamento humano e a tomada de decisões éticas. Eles reflectem o senso do certo e errado de uma pessoa ou de uma sociedade e podem variar de acordo com a cultura, religião, filosofia e outros factores. Os valores morais geralmente incluem ideias sobre justiça, honestidade, compaixão, respeito, responsabilidade, humildade, etc., que desempenham um papel fundamental na formação da ética pessoal e no funcionamento da sociedade. Embora os valores morais possam diferir de acordo com a cultura, a religião, etc., existem os considerados universais que são comuns a todas as sociedades, independentemente da sua cultura, religião ou tradições. Alguns exemplos de valores morais universais incluem: – Respeito: a noção de respeitar os outros, suas opiniões, crenças e direitos; – Honestidade: a ideia de ser sincero, íntegro e honesto em todas as interacções; – Justiça: o conceito de tratamento justo e igualitário para todos; – Empatia: a capacidade de se colocar no lugar do outro e entender os seus sentimentos e experiências; – Responsabilidade: a noção de assumir responsabilidade pelas nossas acções e as suas consequências; Estes são apenas alguns exemplos, e há outros valores morais que são comuns a todas as sociedades. A importância atribuída a esses valores pode variar de uma cultura para outra, mas a sua presença é geralmente reconhecida em todo o mundo. Agora que já clarifiquei o conceito valores e seus nuances, sinto-me à vontade o suficiente para afirmar com muito pesar que, infelizmente, a cada dia verificamos uma deterioração dos valores. Ou seja, vemos o declínio e enfraquecimento dos valores éticos e morais na sociedade, daí ser comum presenciarmos cenários de desonestidade generalizada, falta de empatia e compaixão, de responsabilidade pessoal, desrespeito pelos direitos individuais e injustiça social que afectam a coesão social, a confiança mútua e o bem-estar geral da sociedade. Teóricos afirmam que a deterioração dos valores morais pode ser atribuída a uma série de factores complexos e inter-relacionados dentre eles: a mudança cultural, pois a cultura não é estática, mas sim dinâmica e sofre alterações ao longo do tempo por influência dos média, pressão socioeconómica e ausência de modelos ou referências positivas na sociedade. A compreensão desses factores é essencial para o desenvolvimento de estratégias eficazes de modo a lidar com esse grande empecilho. Então, como sociedade devemos “não tapar o sol com a peneira” ou atirar a culpa uns aos outros fugindo da responsabilidade de traçar planos para o seu resgate. Devemos todos concordar que algo deve ser feito imediatamente, medidas como o melhoramento da educação formal e informal, consciencialização e promoção de comportamentos éticos e responsáveis em campanhas e programas multissetoriais nas comunidades, a punição exemplar de situações que ferem os valores podem ser algumas medidas a serem adoptadas para o resgate dos valores morais. Talvez seja uma utopia pensar numa sociedade 100% alinhada aos valores morais, mas não nos podemos contentar com o actual cenário de selvageria, devemos fazer os possíveis para nos livrarmos de atitudes negativas e agir com bondade e compaixão e perdão tal como a bíblia realça em Efésios 4:31-32: “Toda amargura, ira, cólera, gritaria e blasfémia sejam tiradas dentre vós, bem como toda malícia. Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.” Leia mais… Você pode gostar também APONTAMENTO: “Da Consulta à Gramática” Obra com serventia e prestimosa CÁ DA TERRA: Que desperdício! REFLEXÕES DA MUVALINDA: O poder da informação Piquete deve ser funcional Reflexões da Muvalinda: Valores: o que são realmente?! 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