Opinião & Análise Reflexões da Muvalinda: Valores: o que são realmente?! Por Juma Capela Há 10 meses Criado por Juma Capela Há 10 meses 1,7K Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 1,7K Cândida Muvale Muito se fala de valores nos dias de hoje. É comum ouvir: a sociedade moçambicana está a perder valores; ou hoje em dia os valores estão a deteriorar-se, etc.. E nunca dizem de facto se se referem a valores numéricos (números inteiros e decimais), valores textuais (strings), valores lógicos (booleanos que representam verdadeiro ou falso), valores de data e hora, entre outros, pois existem diferentes tipos de valores e cada tipo tem a sua própria representação e é também utilizado para diferentes fins em programação e matemática. Há também valores especiais, como “null” e “undefined”, que representam a ausência de valor ou a falta de definição. Perdoem-me ou não pela introdução, só queria exibir o meu saber, pois bem sei que se referem a valores morais – princípios ou crenças que orientam o comportamento humano e a tomada de decisões éticas. Eles reflectem o senso do certo e errado de uma pessoa ou de uma sociedade e podem variar de acordo com a cultura, religião, filosofia e outros factores. Os valores morais geralmente incluem ideias sobre justiça, honestidade, compaixão, respeito, responsabilidade, humildade, etc., que desempenham um papel fundamental na formação da ética pessoal e no funcionamento da sociedade. Embora os valores morais possam diferir de acordo com a cultura, a religião, etc., existem os considerados universais que são comuns a todas as sociedades, independentemente da sua cultura, religião ou tradições. Alguns exemplos de valores morais universais incluem: – Respeito: a noção de respeitar os outros, suas opiniões, crenças e direitos; – Honestidade: a ideia de ser sincero, íntegro e honesto em todas as interacções; – Justiça: o conceito de tratamento justo e igualitário para todos; – Empatia: a capacidade de se colocar no lugar do outro e entender os seus sentimentos e experiências; – Responsabilidade: a noção de assumir responsabilidade pelas nossas acções e as suas consequências; Estes são apenas alguns exemplos, e há outros valores morais que são comuns a todas as sociedades. A importância atribuída a esses valores pode variar de uma cultura para outra, mas a sua presença é geralmente reconhecida em todo o mundo. Agora que já clarifiquei o conceito valores e seus nuances, sinto-me à vontade o suficiente para afirmar com muito pesar que, infelizmente, a cada dia verificamos uma deterioração dos valores. Ou seja, vemos o declínio e enfraquecimento dos valores éticos e morais na sociedade, daí ser comum presenciarmos cenários de desonestidade generalizada, falta de empatia e compaixão, de responsabilidade pessoal, desrespeito pelos direitos individuais e injustiça social que afectam a coesão social, a confiança mútua e o bem-estar geral da sociedade. Teóricos afirmam que a deterioração dos valores morais pode ser atribuída a uma série de factores complexos e inter-relacionados dentre eles: a mudança cultural, pois a cultura não é estática, mas sim dinâmica e sofre alterações ao longo do tempo por influência dos média, pressão socioeconómica e ausência de modelos ou referências positivas na sociedade. A compreensão desses factores é essencial para o desenvolvimento de estratégias eficazes de modo a lidar com esse grande empecilho. Então, como sociedade devemos “não tapar o sol com a peneira” ou atirar a culpa uns aos outros fugindo da responsabilidade de traçar planos para o seu resgate. Devemos todos concordar que algo deve ser feito imediatamente, medidas como o melhoramento da educação formal e informal, consciencialização e promoção de comportamentos éticos e responsáveis em campanhas e programas multissetoriais nas comunidades, a punição exemplar de situações que ferem os valores podem ser algumas medidas a serem adoptadas para o resgate dos valores morais. Talvez seja uma utopia pensar numa sociedade 100% alinhada aos valores morais, mas não nos podemos contentar com o actual cenário de selvageria, devemos fazer os possíveis para nos livrarmos de atitudes negativas e agir com bondade e compaixão e perdão tal como a bíblia realça em Efésios 4:31-32: “Toda amargura, ira, cólera, gritaria e blasfémia sejam tiradas dentre vós, bem como toda malícia. Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.” Leia mais… Você pode gostar também HOSPITAL AL-SHIFA DE GAZA: Cemitério de vidas, sonhos e do futuro dos palestinos Nem tudo está sempre bem: como não cair na armadilha da positividade tóxica Que destino para as casas do Zimpeto? REFLEXÕES DA MUVALINDA: “Opium” Reflexões da Muvalinda: Valores: o que são realmente?! Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior CRUZAMENTO DE MALHAMPSENE: Munícipes pedem facilidades na travessia Próxima artigo A importância da comunicação interna na cultura e reputação empresarial Artigos que também podes gostar BELAS MEMÓRIAS: O ovo não se parte, pai! (3) Há 3 dias CÁ DA TERRA: Não há lugar para a descrença Há 3 dias Rússia e África: Passado e futuro da amizade (Concl.) Há 6 dias Rússia e África: Passado e futuro da amizade (1) Há 6 dias REFLEXÕES DA MUVALINDA: E se der certo?! 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