Opinião & Análise CÁ DA TERRA: Uma vida de doação Por admin-sn Há 9 meses Criado por admin-sn Há 9 meses 4,3K Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 4,3K Osvaldo Gêmo osvaldoroque7103@gmail.com FINALMENTE terminamos o mês de Março, um mês marcadamente atípico para todos nós. Foi neste mês que ocorreu a maior precipitação acumulada no conjunto dos seis meses que marcam a época chuvosa no nosso país. Primeiro foi com a passagem da tempestade tropical Filipo, com chuvas entre 100 e 200 milímetros em 24 horas e posteriormente pela última enxurrada, causada por instabilidade atmosférica que também trouxe mais ou menos o mesmo padrão de chuvas. As pessoas foram devidamente alertadas para o impacto do Filipo, mas pareceu que não houve o mesmo nível de preparo para enfrentar a última vaga. E foi nesta que mais se sofreu, facto que foi agravado com a elevada saturação dos solos. Sofreu-se a valer e o drama provocado pelas chuvas ainda está em andamento. Março também foi atípico (tirando o facto de ser sabido que sempre terá 31 dias) na medida em que teve uma sequência de cinco domingos, pouco comum no nosso calendário gregoriano, o que para muitos é uma longa jornada com os bolsos vazios que não dá para exibir nas discotecas. Mas não é do mês de Março, dos domingos, nem dos que exibem maços de dinheiro nas discotecas, por falta de humildade no coração, e muito menos das chuvas torrenciais que vou falar hoje. Alguns destes temas estão aparentemente gastos. Hoje é dia 1 de Abril e não me deu vontade de vir aqui dizer mentiras como também não disse quando, numa data como esta, contraí matrimónio a tempo de celebrar hoje as bodas de turquesa.Tão simples e delicada razão para continuar nesta toada. Neste 1 de Abril queria chamar a atenção, como dever cristão, para a celebração da Páscoa, ontem, que nos apela para um dia-a-dia e uma vida de doação, uma vida sem medo de caminhar no bem que favorece ao irmão, ao próximo, de fazer o que é o nosso papel na sociedade. Este chamamento não é a toa. A celebração da Páscoa é a mais significativa e mais importante da liturgia cristã. Muitos de nós, ao sermos bafejados pela tolerância, o dia todo, na passada sexta-feira Santa, não fizemos mais do que planos para descansar, viajar, receber visitas ou mesmo para nos entregarmos à vida. A Páscoa não se resume nisso. Este período pascal também é um convite à reflexão sobre a nossa peregrinação terrena. Se temos, de facto, sabido viver com dignidade e que papel temos reservado à nossa sociedade, pois os que fazem o mal não descansam, fazem o que sempre fizeram: guerras, discórdia, desunião e intolerância. Nesta Páscoa, centenas de catecúmenos receberam o baptismo, que na óptica cristã, significa uma nova vida. Quando chove é comum alegrarmo-nos porque finalmente vamos lançar a semente, que vai dar esperança aos demais. Esta analogia não é por acaso. Os que pelo baptismo começam a caminhada são por si a esperança da Igreja nestes dias difíceis em que não temos sabido viver essa graça de vida nova no nosso dia-a-dia. É preciso que saibamos nos colocar no lugar dos que sofrem com a guerra, com o terrorismo, com as calamidades e pelas injustiças que este mundo vive e pratica. Na essência, as homilias foram em torno de um pouco disto, da necessidade de uma vida de doação. Não é fácil vivermos e desempenharmos o nosso papel na sociedade. Para conseguirmos, é preciso transformar-mo-nos, para podermos transformar a vida das outras pessoas. A responsabilidade é de todos. Pequenos gestos podem influenciar modos de vida, de maneira positiva. Fazer isto ajudaria muito a caminharmos por uma vida de doação. Leia mais… Você pode gostar também REFLEXÕES DA MUVALINDA: E se der certo?! A importância de uma atitude profissional na gestão de relações entre clientes e fornecedores Contrariar tendência crescente de suicídios BELAS MEMÓRIAS: Tony na Clínica CÁ DA TERRAOpinião & AnáliseUma vida de doação Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior BELAS MEMÓRIAS: Ainda na “ressaca” das inundações Próxima artigo Nyusi é membro honorário da OJM Artigos que também podes gostar REFLEXÕES DA MUVALINDA: Parabéns campeãs Há 3 horas BELAS MEMÓRIAS: Fragilidades! Há 6 dias CÁ DA TERRA: Uma bonança bem antecipada Há 6 dias REFLEXÕES DA MUVALINDA: Direitos humanos Há 1 semana Vamos parar com isto… Há 2 semanas BELAS MEMÓRIAS: Como regressarei à casa? Há 2 semanas