Opinião & Análise CÁ DA TERRA: Sacode o pasmo e expulsa o imobilismo Por Osvaldo Gemo Há 7 meses Criado por Osvaldo Gemo Há 7 meses 1,9K Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 1,9K DEI por mim a fazer o caminho para o centenário do Jornal Notícias, que será daqui há mais dois anitos. Mas se olharmos para trás, hoje é uma data muito especial. Este matutino completa 98 anos. É uma vida! Por isso mesmo, havendo muitos outros assuntos por tratar, não consegui passar ao lado dos 98 anos deste jornal que marcou épocas distintas, mas continua a trilhar, de forma segura, o seu próprio caminho. Aliás, os 98 anos vem mesmo a calhar com o nosso Cadaterra. Não há como olhar com indiferença para este facto. Hoje, 15 de Abril de 2024, vale reafirmar que este é o maior jornal diário deste Moçambique, que “sacode o pasmo, rejeita a preguiça, expulsa o imobilismo” tal como se propôs no longínquo ano de 1926. O jornal continuou a circular mesmo perante as adversidades pelas quais o país passou, perante o colonialismo, em decorrência do movimento de 25 de Abril de 1974, no pós-independência, após a introdução do multipartidarismo ou mesmo da era das tecnologias de informação e comunicação. São 98 anos de história e glória, a mais pura longevidade para um matutino publicado em solo pátrio. É uma história que se confunde, em grande medida, com a deste país. Esta resiliência resulta, em parte, do facto de ter podido se adaptar, sem perder o seu principal foco – os factos e a verdade. O futuro sugere para a importância de seguir a tradição de informar, com rigor e responsabilidade, para continuar a ser referência e, mais do que isso, a preferência. Cada profissão é distinta da outra e há que valorizar a experiência, o conhecimento e, sobretudo, o profissionalismo e sentido de dever cultivado por cada um dos profissionais que corporiza esta casa. Quando o capitão Manuel Simões Vaz, o advogado Eduardo Saldanha, o industrial Paulino dos Santos Gil e o comerciante José Joaquim de Morais fundaram este matutino, a 15 de Abril de 1926, certamente ninguém podia imaginar que a marca Notícias, atravessaria gerações, olhando para e respeitando o alternativo. Apesar de todas as contradições históricas em que o “notícias” nasceu e em que vive, com muitas desigualdades e injustiças, exclusão social, violência, ódio e terrorismo, fica claro que se impõe a existência de símbolos para um Moçambique de prosperidade e um deles, certamente é o “notícias”. A Revolução Digital impõe mudanças estruturais radicais que vão continuar, nos próximos anos, talvez décadas. Nunca uma revolução tecnológica afectou o jornalismo tanto e de forma tão abrangente, marcando a ruptura dos modelos de negócio, de narrativas, de distribuição, de relacionamento com o público e com as fontes etc. A sobrevivência desta marca, passa, indubitavelmente, por ser parte desta revolução e quiça, exemplo das mudanças extraordinárias que estão por vir. Leia mais… Você pode gostar também Como o sucesso profissional pode se tornar um fracasso? Conheça o Princípio de Peter CÁ DA TERRA: Uma seca anunciada Implicações da expansão da NATO BELAS MEMÓRIAS: Os “DJ” CÁ DA TERRAOpinião & AnáliseSacode o pasmo e expulsa o imobilismo Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior BELAS MEMÓRIAS: O destino Próxima artigo Nyusi abre hoje conferência sobre Miombo Artigos que também podes gostar REFLEXÕES DA MUVALINDA: Coragem Há 2 dias DIGNIDADE E DIREITOS (192): Matrimónio tradicional, herança e a dignidade Há 2 dias BELAS MEMÓRIAS: O ovo não se parte, pai! (3) Há 6 dias CÁ DA TERRA: Não há lugar para a descrença Há 6 dias Rússia e África: Passado e futuro da amizade (Concl.) Há 1 semana Rússia e África: Passado e futuro da amizade (1) Há 1 semana