Terça-feira, 5 Novembro, 2024
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Fragilidades aumentam risco de cegueira em pacientes

Por QUITÉRIA UAMUSSE
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AS frequentes visitas ao Centro de Saúde de Xipamanine não foram suficientes para Américo Macamo, na altura com 17 anos de idade, residente no quarteirão 27, na Mafalala, decifrar o que causava a irritação, dores de vista e de cabeça, vindo a perder a  visão, meses depois, com o que viria a saber se tratar de glaucoma.

Segundo conta, parecia ter apenas areia nos olhos, o que para além do incómodo ficavam vermelhos. Para amenizar a dor, receitavam-lhe pomadas e recomendaram o uso de óculos, mas mesmo assim, não registava melhorias.

Porque as dores eram fortes e a cada dia a sua capacidade de enxergar reduzia, retornou à unidade sanitária, sendo que numa das consultas, a médica  sugeriu que a “alergia” poderia estar associada ao contacto com  animais domésticos ou plantas em casa, ou seja, Macamo devia se livrar destes para melhorar.

Aos 22 anos de idade notou que estava cego, no olho direito, foi quando no centro de saúde, recebeu uma guia de transferência.

Enquanto a data da consulta não chegava, a família decidiu recorrer a uma clínica, que diagnosticou o glaucoma, uma condição que surge na sequência do aumento da pressão no nervo óptico.

No Hospital Central de Maputo (HCM) foi-lhe confirmada a patologia, cujo custo do tratamento está aquém das capacidades da família.

“Quando comecei a adoecer já havia parado de estudar, tendo passado a trabalhar como pintor e ajudante de pedreiro, pois não tinha condições para prosseguir. Quando fiquei doente parei e me tornei completamente dependente”, contou.

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