Quinta-feira, 19 Dezembro, 2024
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Contrariar tendência crescente de suicídios

Por Jornal Notícias
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Marcos Victorino

É PRECISO contrariar a tendência negativa de suicídios, pois não se pode conceber este acto como normal, nem sequer deve-se pensar que o facto ocorreu naquela família e somente a ela diz respeito. Pois este fenómeno transcende o nível familiar, dada a repetitividade.

Por detrás do suicídio pode haver muita coisa por desvendar, daí a necessidade de entender ao pormenor o que leva os cidadãos a enveredarem por esta prática. Muitas hipóteses têm sido avançadas, aliás, em algum momento antes de partirem para a acção deixam algum testamento como justificação.

Há necessidade de desvendar o facto de optarem por deixar recado, pois o Homem é doptado de capacidade para discernir o certo do errado, pelo que age com racionalidade. Tendo esta capacidade, era de esperar que em tudo que fizesse houvesse ponderação.

Fala-se, igualmente, do elevado custo de vida que sufoca os cidadãos ao ponto de entrarem em desespero e admitirem que a única saída que têm é desaparecer deste mundo ou ainda consumir excessivamente o álcool e estupefacientes.

Este mal afecta a sociedade porque mexe com as famílias, envolve sentimentos, existem dependentes, etc., daí a necessidade de reconhecer o papel do psicólogo para a manutenção da estabilidade e harmonia.

As preocupações do quotidiano são várias. Desde crianças, adolescentes, jovens e adultos, cada um tem a sua preocupação, o que significa que existem desafios em todas as faixas etárias. Dependendo da forma de ser e estar, há os que com alguma facilidade conseguem superar os obstáculos e outros que precisam de acompanhamento, pelo que as pessoas próximas devem manter-se vigilantes.

Pois, em algum momento, os que cometem suicídio emitem alguns sinais que indiciam perturbação. E dada a tendência crescente dos suicídios, é chegado o momento de as autoridades disponibilizarem ao público os serviços do psicólogo de onde chegaremos à conclusão de que todos nós estamos a precisar.

Tudo indica que todos os sectores precisam do serviço do psicólogo. Os relatos de envolvimento de alunos em práticas desonrosas são vários, dentre os quais o consumo excessivo de álcool e estupefacientes, gravidez e união forçada; encontramos trabalhadores que não executam as suas tarefas porque perturbados psicologicamente com os problemas na família, etc.; os médicos também podem estar a precisar de assistência por trabalharem em condições desfavoráveis, assim como por lidar com casos delicados que requerem meios adequados para salvar vidas.

Os que trabalham no sector informal carecem destes serviços, igualmente para a mulher doméstica que diariamente deve lidar com a escassez de alimentos para preparar a refeição, enfim, precisa-se de um serviço público descentralizado que alcance toda a população.

Por isso, é preciso aprofundar mais este fenómeno e agir para contrariar a tendência. Os jogos de azar, como o nome diz, estão a desestabilizar as famílias. Os jogos viciam ao ponto de os apreciadores endividarem-se sempre com a expectativa de um dia poder ganhar. Aliás, costuma-se dizer que a primeira e segunda vez pode ser certeira, mas as outras são para perder. E o Homem tende, naturalmente, a ser esperançoso e optimista nas suas acções. Mas, para este caso, infelizmente, há muitos relatos de suicídio por incapacidade financeira para pagar dívidas contraídas para satisfazer este vício. Sejamos vigilantes.

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