Opinião & Análise Bancos: queremos o nosso “taco” Por Jornal Notícias Há 11 meses Criado por Jornal Notícias Há 11 meses 6,4K Visualizações Compartilhar 1FacebookTwitterPinterestEmail 6,4K Albino Soquisso SOU cliente de vários bancos comerciais. As minhas contas não são assim tão gordas que me possa orgulhar de estar neste e/ou naquele banco. Não. Abri-as por várias contingências próprias de quem não tem dinheiro. Sucede, porém, que de há uns dias para não cá o meu dinheiro está “preso” nas ATM. Preciso do taco para suprir as despesas diárias tais como o pagamento da renda de casa, despesas de água, energia e alimentação, transporte, entre outras. Afinal, este é meu suor (I nhuku wanga). Senhores: quando não pago a renda dentro dos dias combinados com o dono da casa, este, sem quaisquer contemplações, vai-me ao bolso com o pagamento de multas. O mesmo acontece com o dono dos tanques de água lá do meu aldeamento. Em relação à energia não pago multa porque uso o Credelec. Mas fico às escuras, não podendo realizar certas actividades à noite. Se não tenho dinheiro para o transporte, os meus filhos não vão à escola e eu próprio não tenho como me deslocar ao trabalho. Certo dia, esta semana, fui a uma casa de pasto para uma refeição rápida e regresso também rápido ao trabalho. Pedi o que pedi, bebi o que bebi e por último pedi a conta que me foi passada também rapidamente. Não interessa quanto. A verdade é que solicitei o POS para pagamento. Raspei os três cartões correspondentes a três diferentes bancos, mas em nenhuma das ocasiões tive sucesso. Pedi ao dono do estabelecimento que me deixasse ir ao ATM mais próximo a fim de efectuar o levantamento do dinheiro para o pagamento, ao que ele anuiu. Até porque sou cliente de tal casa e não havia espaço para desconfianças que eu pudesse por-me ao fresco sem liquidar a minha conta. No ATM perdi o meu “rico” tempo na fila. À minha frente estava tanta gente tentando efectuar o levantamento. Uns, com um pouco de sorte, ainda conseguiam realizar uma e outra operação. Mas muitos estavam com caras de raspar mandioca, amarguradas por não conseguirem levantar o seu dinheiro. Também não consegui. Voltei ao estabelecimento para me humilhar perante o dono e “negociar” uma modalidade de pagamento da dívida. Mas aquele que não é conhecido como se arranja? Aceito que haja problemas com o sistema, mas esses problemas devem ser resolvidos com a máxima urgência possível, pois nós clientes dos bancos, dentro e fora do país, estamos a passar mal. Já agora, talvez fosse digno e até higiénico que alguém ligado ao sistema financeiro desse a cara para explicar ao povo afinal de contas o que se passa com os cartões dos ATM. Enquanto isso não ocorrer vamos gritar sempre que queremos o nosso dinheiro. Respeitemo-nos, por favor. Você pode gostar também REFLEXÕES DA MUVALINDA: Cuidado com as palavras! BELAS MEMÓRIAS: O tempo de dizer adeus REFLEXÕES DA MUVALINDA: Não tirarei os versículos CÁ DA TERRA: Calor devastador DESTAQUESOpinião & Análise Compartilhar 1 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior REFLEXÕES DA MUVALINDA: Síndrome da Felicidade Adiada Próxima artigo Que perfil de trabalhador esperar nos dias de hoje? Artigos que também podes gostar Indústria cultural à mercê da manipulação Há 3 dias “Cultura não se vende, defende-se” Há 4 dias CRÓNICA Há 4 dias CÁ DA TERRA: Experimentei e gostei Há 7 dias BELAS MEMÓRIAS: Homem precavido! Há 7 dias REFLEXÕES DA MUVALINDA: Não tirarei os versículos Há 2 semanas