DestaqueEditorial EDITORIAL Por Jornal Notícias Há 9 meses Criado por Jornal Notícias Há 9 meses 1,8K Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 1,8K UMA das notícias marcantes, esta semana, é, sem dúvida, a decisão tomada, terça-feira, pelo Conselho de Ministros de mandar suspender as tarifas mínimas das telecomunicações em vigor e que tinham sido aprovadas pelo Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique (INCM), o órgão regulador do sector. De facto, o Executivo orientou o INCM a reunir-se com as empresas de telefonia móvel que operam no país para informá-las da decisão e, ao mesmo tempo, aprofundar os estudos que terão norteado o agravamento das tarifas. Esta decisão do Governo veio, de certa forma, dar razão às vozes que se mostravam contrárias à medida, com o argumento de que a mesma põe em causa um direito fundamental dos cidadãos, nomeadamente o de se comunicarem livremente uns com os outros sem quaisquer tipos de restrições. É que, embora o INCM procurasse provar que, pelo contrário, as tarifas tinham baixado, os consumidores entendiam que as mesmas eram insuportáveis para a maioria dos moçambicanos, particularmente para o caso de estudantes que precisam de internet para fazer as suas pesquisas ou para aulas on-line, nas situações de ensino àdistância. Esta decisão surge pouco depois da Autoridade Reguladora da Concorrência (ARC) ter também prometido pronunciar-se sobre o assunto dentro em breve. Há, entretanto, aqueles que viam na resolução do INCM uma estratégia de assegurar a sustentabilidade das empresas de telefonia móvel que operam no país, uma vez provado que a provisão do serviço de comunicação de voz ou dados de melhor qualidade tem custos elevados que devem, de certa forma, serem trespassados ao consumidor. Contudo, ainda que o argumento seja válido, entendemos nós que uma decisão de agravamento de custos num sector tão sensível como o das telecomunicações, particularmente nesta era digital, precisa de ser ponderada, olhando, sobretudo, para as condições do mercado em que as empresas operam, onde por diversas razões o poder de compra se vem degradando de ano para ano. Ora, em nossa opinião, uma melhor ponderação dos prós e contra da revisão de preços deve ser baseada em estudos mais aprofundados, sob pena de se estar a prejudicar ou os consumidores que passarão a não ter capacidade de comprar os serviços, isso se a tarifa for insuportável ou, então, comprometer a sobrevivência das empresas, nos casos em que a tabela é extremamente baixa, porque deixarão de ter capacidade financeira para prover o serviço. Mais do que isso, mesmo que os estudos recomendem o agravamento de preço, esta medida deve ser segmentada, atendendo particularmente, que as condições dos estudantes, por exemplo, não é a mesma das empresas comerciais. É neste contexto que consideramos prudente a decisão do Conselho de Ministros, na medida em que dá tempo ao regulador do mercado das telecomunicações para se sentar à mesa com os operadores para identificarem os caminhos que possam conduzir a uma alternativa equilibrada em que todos saiam a ganhar. Resumindo e concluindo, a ter que haver novos preços dos serviços de telecomunicações, os mesmos terão de atender às especificidades do mercado e do consumidor moçambicano. Leia mais… Você pode gostar também Saúde reforça medidas para controlo do sarampo Black Bulls afastada da Taça CAF Morreu músico Salimo Muhammad Chefe do Estado nomeia novos embaixadores DESTAQUESEDITORIALINCMTelefonia móvel Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior Suspensos comboios de Ressano e Goba Próxima artigo XAI-XAI: Hospital Provincial pronto em um mês Artigos que também podes gostar Estado paga horas extras e dívida com fornecedores Há 11 horas EIS A INSTRUÇÃO DO COMANDANTE-CHEFE: Aprimorar estratégia militar contra terrorismo Há 12 horas Digitalização moderniza gestão municipal no país Há 12 horas Sector privado favorável à concessão das praias Há 17 horas Festival Poetas d’Alma arranca este sábado em Maputo Há 1 dia Nova onda de vandalização e bloqueios de vias Há 1 dia