Domingo, 22 Dezembro, 2024
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Moçambique e Eswatini partilham sistema de água

Por Jornal Notícias
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ELÍSIO MUCHANGA, em Lomahasha

CERCA de 23 mil pessoas das vilas fronteiriças de Namaacha, em Moçambique, e Lomahasha, do lado do Reino de Eswatini, vão beneficiar de água potável, a partir do próximo ano, através de infra-estruturas compartilhadas.

Com efeito, os ministérios que superintendem a área de gestão de recursos hídricos dos dois países lançaram, ontem, a primeira pedra para a construção de um sistema de abastecimento de água que vai beneficiar a ambas as vilas fronteiriças, num empreendimento orçado em cerca de mil milhões de meticais.

Intervindo no lançamento do projecto, o ministro moçambicano das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita, explicou que a iniciativa surge no âmbito da operacionalização dos acordos de partilha de recursos hídricos entre os dois países vizinhos. O mesmo materializa um memorando assinado em 2009 visando assegurar o abastecimento de água às duas vilas.

Anotou que o projecto tem em vista melhorar o acesso à água, num contexto em que o mundo enfrenta o impacto nefasto das mudanças climáticas, e promover a saúde pública, redução de doenças de natureza hídrica, higiene e o desenvolvimento.

 Indicou que, devido à exiguidade de fundos e complexidade das obras preconizadas, o projecto foi dividido em duas fases, sendo que a primeira tem recursos já assegurados pelo Banco alemão KFW, através do Fundo Regional para Infra-Estruturas de Água e Saneamento da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

O mesmo pretende elevar o armazenamento de água através da construção de dois novos reservatórios na Namaacha de 5100 metros cúbicos de capacidade cada. Inclui a instalação de uma conduta entre os dois países, numa extensão de 32 quilómetros, partindo da estação de Tratamento de Água de Simunye até a Namaacha.

O ministro dos Recursos Naturais e Energia de Eswatini, Prince Dlamine, realçou que o projecto fortalece as boas relações entre os dois governos.

Anotou que a melhoria do acesso à água é vital para as comunidades que têm, aliás, um histórico de partilha do rio Umbeluzi.

As obras foram adjudicadas a uma construtora chinesa e deverão iniciar, em Julho, com a duração de 18 meses.

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