Quarta-feira, 3 Julho, 2024
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Polícia resgata criança das mãos de raptores

Por Jornal Notícias
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UMA criança de dois anos de idade, dada como desaparecida no princípio deste mês, no distrito de Dondo, acaba de ser resgatada por agentes do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), nos arredores do mercado da Cerâmica.

Em conexão com o caso, estão privados de liberdade três indivíduos, com idades compreendidas entre 21 e 32 anos, identificados pelos nomes de D. Leão, H. Gambulene e Rainha B., esta apontada como a pessoa que “roubou” a menor no bairro Mafarinha, Dondo, no passado dia 9 de Junho.

Os envolvidos no caso teriam entrado em contacto com a família da criança, exigindo um milhão e meio de meticais, como condição para a devolverem ao convívio social.

Entretanto, a família não conseguiu reunir o valor. Os raptores baixaram para duzentos mil, mas os pais da menor transferiram apenas 79.800,00 meticais, enviados para duas contas de M-Pesa registadas em nome de terceiros, com recurso a documentos achados na via pública.

O porta-voz do SERNIC, Alfeu Sitoe, contou que o resgate da criança, que já se encontra no convívio familiar, foi feito mediante um trabalho árduo levado a cabo pelos agentes do serviço de investigação.

Acrescentou que depois de raptar a criança, Rainha e o esposo, decidiram chantagear os pais da menor, que entretanto tinham publicado nas redes sociais a informação do desaparecimento da filha.

“Como forma de pressionar a família a pagar o valor de resgate, H. Gambulene usando uma fita-cola enrolou uma faca no corpo da menor, tirou fotografias e publicou nas redes sociais”, detalhou.

“Gambulene tem histórico de cometimento de casos criminais, a destacar uma burla usando o número da sua mãe que é funcionária do hospital de Dondo, aliciando pessoas com promessa de emprego naquela unidade sanitária, tendo conseguido amealhar cerca de duzentos mil meticais”, disse.

Também há registo de que já se fez passar por profeta, cobrando valores monetários às suas vítimas, tendo sido detido na Penitenciária Distrital de Dondo, julgado e condenado a três anos de prisão.

Durante a operação do SERNIC, foram apreendidos dois telemóveis, igual número de cartões de eleitor, um bilhete de identidade, fita-cola e faca. Os documentos serviram para registar as contas usadas para a extorsão.

Rainha B., confessou o “roubo” da criança afirmando que não queria fazer nada, mas como não soubesse de onde era, levou-a para sua casa.

“Não a levei às autoridades porque tive medo de ser acusada de rapto de filha alheia”, justificou.  

Já H. Gambulene negou o seu envolvimento no caso, alegando que ficou surpreendido quando a sua esposa, Rainha B., trouxe a criança para casa. Acrescentou que pediu a mulher para devolver a criança aos progenitores.

“Ficamos uma semana com a criança.  A minha mulher é que teve os contactos da família da menor, e fez tudo isso sem o meu consentimento. A Polícia apareceu e prendeu-nos”, disse Gambulene.

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