Quinta-feira, 26 Dezembro, 2024
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ENSINO E APRENDIZAGEM: Professores apreensivos com ausência dos pais

Por Jornal Notícias
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A ASSOCIAÇÃO dos Professores Católicos de Moçambique (APCM) diz estar preocupada com a ausência dos pais e encarregados de educação no processo de ensino e aprendizagem nas escolas públicas, considerando que é uma realidade que impacta negativamente no desenvolvimento intelectual das crianças.

O presidente da associação, Eusébio Rosário, disse que após matricularem os seus filhos alguns pais e encarregados de educação ficam alheios ao percurso escolar das crianças, deixando-as à sorte dos professores, uma situação que faz com que desempenhem papéis acrescidos. Anotou que os pais devem colaborar no crescimento dos seus filhos, uma vez que é no seio familiar onde as crianças aprendem a se cuidar e a tomar conta dos outros, entre certos valores culturais que não são transmitidos de forma directa e clara nas escolas.

A fonte disse que a situação tem reflexos não apenas no aproveitamento pedagógico, mas também no processo de busca de soluções face às dificuldades de aprendizagem dos alunos. Falando ao “Notícias”, por ocasião dos dez anos de existência da associação, Eusébio Rosário referiu que a tarefa dos professores católicos não é fazer frente a tudo que acontece, muito menos parte dos problemas, mas ser a solução destes.

Apontou o rácio professor/aluno como um dos desafios actuais do sector da educação. Afirmou que a superlotação nas salas de aula é uma realidade, daí que as actividades da associação incluem a formação dos seus membros sobre como lidar com turmas numerosas.

“O nosso foco é consciencializar os professores sobre a sua missão na terra, que não se circunscreve apenas no ensino e aprendizagem. Desde os tempos remotos, o professor foi espelho na sociedade, daí que continuamos a incutir esta responsabilidade aos professores católicos. Há crise sim, mas não podemos ficar alheios aos problemas que a sociedade enfrenta. Lutamos pela mudança de comportamento dos pais e encarregados de educação”, disse.

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