Quarta-feira, 3 Julho, 2024
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Malfeitores inquietam Macúti-Miqueijo e Ponta-Gêa

Por Jornal Notícias
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VIVE-SE um clima de insegurança nos bairros de Macúti-Miqueijo e Ponta-Gêa, na cidade da Beira. A onda de criminalidade, que voltou a instalar-se naqueles dois bairros, está a tirar sono a muitos moradores.

Fala-se de um grupo de malfeitores que à calada da noite, com recurso a instrumentos contundentes, incluindo catanas, barras de ferro e facas, invadem residências e ameaçam os ocupantes para se apoderarem de bens valiosos e de venda rápida no mercado negro informal.

Dinheiro, aparelhos electrodomésticos, telefones, entre outros bens materiais, estão no topo da lista das preferências de ladrões nessas incursões nocturnas. Quando não os conseguem ter, partem para agressão que muitas vezes resulta em ferimentos graves.

A nossa equipa de Reportagem visitou esses dois bairros. Os moradores acreditam que um dos factores que favorece as acções perpetradas pelos vulgarmente chamados “homens-catanas” é falta de iluminação pública associada às construções desordenadas.

Atiram também culpas à Polícia da República de Moçambique (PRM), que mesmo estando a par dos acontecimentos não intensifica as suas actividades de patrulha à calada da noite, altura em que os meliantes actuam.

O “Notícias” conversou com as autoridades locais que confirmam o registo de acções protagonizadas por este grupo de malfeitores. Ernesto Bila, um dos nossos entrevistados, morador do Macúti-Miqueijo, afirmou que à noite as ruas do bairro se tornaram intransitáveis devido à actuação dos malfeitores.

O nosso interlocutor diz que os meliantes se escondam durante o dia em edifícios inacabados, ruínas e outros locais, que deviam, na sua óptica, merecer um olhar mais atento das autoridades.

“Ainda há dias, regressando de uma festa com minha esposa, o ‘txopelista’ subitamente parou e disse que recebera uma informação de um colega dando conta de que perto da moagem e sua casa, havia ‘homens catanas’ a actuarem”, contou Ernesto Bila.

Acrescentou que, até há pouco tempo, actos de violência e assaltos na zona haviam parado, mas actualmente acontecem em grande escala.

Contou igualmente que um dos vizinhos teve o azar de ser “visitado” pelos malfeitores – que andam em grupos de três ou quatro indivíduos. Felizmente, ninguém ficou ferido e ainda conseguiu imobilizar um deles, depois de muita luta.

Samuel Verniz diz que a onda de criminalidade, envolvendo “homens-catana”, no Macúti-Miqueijo é assustadora.

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