Domingo, 30 Junho, 2024
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Editorial

Por Jornal Notícias
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A CELEBRAÇÃO, terça-feira, no país, dos 49 anos da independência nacional constitui um dos acontecimentos mais marcantes da semana, prestes a findar.

A data assinala o reconhecimento da nossa existência como nação livre, soberana e com direito de seguir o destino traçado pelo povo, na base das suas convicções.

Por isso, neste dia celebramos também a heroicidade daqueles moçambicanos que, com bravura e tenacidade, aceitaram entregar a sua juventude sem nenhum contrato, senão conduzidos pelo ideal de libertação da terra e dos homens, certos e determinados a consentir qualquer sacrifício.

Enérgicos e decididos, os jovens da “Geração 25 de Setembro” fizeram-se fiéis intérpretes dos anseios mais nobres e profundos dos moçambicanos e assumiram a missão histórica de erguer, bem alto, a bandeira nacional multicolor, transformando-se no símbolo da determinação de todo povo em se libertar da opressão colonial portuguesa e inspirados na vontade de construir uma vida digna.

Na busca deste sonho tornado realidade continuaram a sua odisseia de construção da paz, dignidade, soberania e democracia. Até porque move-nos a crença de que o exercício quotidiano de cada um dos moçambicanos assenta no princípio basilar de construção de um Estado de Direito Democrático.

O 25 de Junho sinaliza ainda que é possível construir um desenvolvimento baseado no progresso e na justiça social, ao mesmo tempo que se semeiam os fundamentos da educação, conhecimento e do entendimento mútuo.

Ao longo desse período, e sobretudo nas últimas duas décadas, o país conheceu transformações rápidas nas esferas política, social e económica. Embora a nossa economia tenha crescido lentamente, sobretudo, nos primeiros anos de independência, hoje os cenários mostram um ritmo agradável, fruto do esforço colectivo. E são inquestionáveis os avanços que o país vem registando em quase todos os sectores, havendo que sublinhar a construção de infra-estruturas sócio-económicas, bem como as inúmeras oportunidades que cada um vai alcançando.

No entanto, reconhecemos o leque de desafios com que o país se debate, entre os quais o terrorismo em alguns distritos da província de Cabo Delgado, com todas as consequências para a nação.

Essas forças estranhas que pretendem dividir a nação são a continuação de barreiras que persistem em se colocar no caminho do progresso nacional, valendo, mais uma vez, a acção e perspicácia das valentes Forças de Defesa e Segurança (FDS).

Há ainda o desafio da unidade nacional e consolidação da paz, compreendidos como processos que não se esgotam em si, mas dinâmicos.

Estamos certos que muito há ainda por fazer, mas não será por isso que iremos maldizer de toda a obra positiva feita, com esforço e sacrifício, pelos moçambicanos do bem. Aliás, o espelho a partir do qual vemos os frutos colectivos do “Sol de Junho” é o do trabalho de todos e de cada um.

E já iniciamos a nossa marcha em direcção ao Jubileu de Ouro da nossa Independência: os 50 anos a serem celebrados, com pompa, a 25 de Junho de 2025.

A todos moçambicanos, bem haja.

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