Domingo, 22 Dezembro, 2024
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HABEL JAFAR: A longa espera por serviços básicos

Por Jornal Notícias
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ETELVINA DOS SANTOS

O BAIRRO Habel Jafar, na vila municipal de Marracuene, debate-se há muito com graves problemas de vias de acesso e carência de transporte que se agravam na época chuvosa e tornam a vida dos residentes difícil.

Separado da capital do país pela Estrada Circular, Habel Jafar faz ainda limite com os bairros Muntanhane, Guava, Albasine e Zintava, sendo ainda, atravessado pela linha férrea do Limpopo, por onde circulam comboios de mercadorias e passageiros dos Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM).

O sofrimento dos milhares de habitantes começa com a mobilidade a partir do terminal de autocarros de Albasine, onde a maioria dos transportes para o centro da cidade parte ou termina a viagem.

A única alternativa dos residentes é efectuarem ligações ou percorrer longas distâncias para chegar ao bairro, trajecto que se revela quase impossível nos dias chuvosos, devido ao alagamento da Avenida Dom Alexandre, a principal estrada que dá acesso a esta área habitacional.

Os desafios não se limitam apenas às dificuldades na transitabilidade, pois reina também a insegurança devido aos casos frequentes de roubos em residências e vias públicas, agressões físicas e violações sexuais.

Os residentes relatam que a situação é agudizada pela falta de iluminação pública e fraco patrulhamento policial, principalmente à noite.

Manifestaram ainda preocupação com o alagamento de residências construídas numa bacia natural de retenção de águas pluviais, facto que coloca os proprietários em alerta, devido ao risco iminente de inundações sempre que chove. Entretanto, nem tudo é negativo. As zonas baixas e propensas a inundações têm vindo a ser aproveitadas para a produção de hortícolas destinadas ao consumo e comercialização nos mercados da área metropolitana do Grande Maputo.

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