Sábado, 21 Dezembro, 2024
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Comunidades minimizam escassez de salas de aulas

Por Jornal Notícias
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PAIS e encarregados de educação dos alunos das escolas públicas localizadas em diferentes pontos do Niassa estão neste momento empenhados na mobilização de material local para construção de alpendres, no quadro de uma iniciativa que visa retirar cerca de 4680 crianças que estudam ao ar livre.

Dados em nosso poder referem que cerca de 93 salas de aula construídas à base de material precário ficaram destruídas pelos impactos da passagem do ciclone tropical Freddy, em Março do ano passado, caracterizado por rajadas de ventos fortes e queda de chuvas intensas, que também causaram enxurradas e cheias nas regiões assoladas.

Omar Orado, chefe de planificação da Direcção Provincial de Educação, afirmou, durante a IV reunião de planificação do sector, que a construção dos alpendres tem em vista encontrar uma solução urgente para superar as dificuldades que os alunos matriculados no ensino primário enfrentam em condições climáticas adversas durante as aulas.

“O sector da Educação saúda e encoraja o esforço dos pais e encarregados de educação, em particular, bem como da população, em geral, porque não se têm poupado esforços para reparar os danos causados pelas intempéries ou para a construção de novas infra-estruturas escolares, gesto que demonstra claramente a vontade da erradicação do analfabetismo”, anotou Omar Orado.

A construção de alpendres para que os alunos inscritos no ano lectivo em curso, sobretudo nas zonas rurais flageladas pelas intempéries ao longo do ano passado, constitui também um ganho moral, por representar um passo importante na criação de um ambiente propício ao desenvolvimento intelectual das crianças e pode impactar na criação do bem-estar social.

Na óptica do responsável, o envolvimento comunitário é crucial para a sustentabilidade dos projectos educativos e garantia de que os investimentos públicos e de parceiros realizados no sector terão um impacto duradouro.

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