Primeiro Plano ABORDAGEM INOVADORA DO CANCRO: Moçambique volta a ser referência internacional Por Anabela Massingue Há 7 meses Criado por Anabela Massingue Há 7 meses 2,4K Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 2,4K MOÇAMBIQUE evidenciou-se num passado não distante pelo desenho de um programa-piloto de formação médica especializada na área de oncologia, cuja implementação está em curso em diferentes países africanos, asiáticos e latino-americanos. Este ano, voltou a ser referência internacionalmente, graças à elaboração e implementação de tecnologias baratas, com eficácia similar à dos países que adoptam as mais caras, na perspectiva de alargar os serviços oncológicos a mais necessitados e salvar vidas. Tanto numa como na outra distinção, o mérito foi para Cesaltina Lorenzoni, galardoada com o prémio “Líder Global em Saúde na área do cancro”, por ter elaborado os projectos e levado-os ao conhecimento do círculo científico, na qualidade de pesquisadora. Chefe do Programa Nacional de Controlo de Cancro, directora científica e pedagógica do Hospital Central de Maputo (HCM), Cesaltina Lorenzoni é igualmente presidente-eleita da Organização Africana de Pesquisa e Treino em Cancro, entre outras atribuições no domínio da luta conta o cancro. Recentemente premiada nos Estados Unidos da América, a laureada não esconde a sua satisfação, mas lamenta o facto de a pesquisa continuar a atrair poucos médicos, principalmente os mais jovens. No que diz respeito à responsabilização do paciente pela chegada tardia ao tratamento de cancro, muitas vezes alegada pelos profissionais da Saúde, Lorenzoni assume que a responsabilidade deve ser partilhada, porque se por um lado está o doente que não identifica a doença e muito menos as suas manifestações, por outro está o problema de falta de condições de rastreio e diagnóstico acertado nos diferentes níveis de prestação de serviços de saúde, pelo país. Professora nos cursos de mestrado em Medicina, Cesaltina Lorenzoni dedica igualmente o seu tempo ao Centro de Pesquisa e Treino instalado no Hospital Central de Maputo e também à revisão de trabalhos científicos sempre que é solicitada. De seguida, transcrevemos partes da entrevista que o “Notícias” manteve com Cesaltina Lorenzoni. NOTÍCIAS (Not.): Foi recentemente distinguida pelo seu empenho na luta congra o cancro em Moçambique e é descrita como inspiradora de outros cientistas nesta causa, dentro e fora do país. Que retorno recebe da equipa com que trabalha? CL: O retorno é bastante positivo, porque em termos de liderança no Programa Nacional do Cancro os colegas acreditam que é possível fazer a diferença, pois lá vem reflectido o seu trabalho. Por exemplo, se nós em Moçambique temos o plano nacional e estratégias definidas para prevenção, detecção e tratamento do cancro é porque temos documentos elaborados de forma conjunta e os colegas sentem que o trabalho que estamos a fazer tem impacto no país, em África e no mundo inteiro. Este trabalho, especificamente, está relacionado com a área de pesquisa e notamos que tem repercussão positiva no que diz respeito à implementação da inovação e adopção de novas tecnologias em África e também no mundo. De uma forma geral, diria que o retorno é positivo, inspirador e motivador, principalmente para os investigadores mais jovens. Not.: Na sua experiência decana dedicada à pesquisa, sente que os médicos jovens se apaixonam pela oncologia? Leia mais… Você pode gostar também “O Casal Palavrakis” reabre cortinas do Teatro Avenida Uma Onça na Cidade, de Deusa D’África ENSINO BILINGUE: Uma alavanca para a aprendizagem BACIA DO ROVUMA: Novas plataformas podem viabilizar exploração do gás CANCROCesaltina LorenzoniHCM Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior PR dirige conferência das jurisdições constitucionais da CPLP Próxima artigo LIMPEZA NA CIRCULAR: Um perigo (quase) sempre à espreita Artigos que também podes gostar LICHINGA: Roubos lesam EDM em 84 milhões de meticais Há 2 dias ESCRITOR BENTO BALOI: Algo mais precisa de ser feito em prol do... Há 5 dias Aquacultura está a reduzir pressão sobre recursos marinhos Há 2 semanas Craveirinha, a negação da desmemória Há 2 semanas AUTOMEDICAÇÃO: Utentes não querem saber da receita médica Há 3 semanas SEGUNDO FRANCISCO MBOFANA: É preciso discutir sobre sustentabilidade na Saúde Há 3 semanas