Quinta-feira, 21 Novembro, 2024
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TEATRO PARA INFÂNCIA: Arte responsável pelo desenvolvimento cognitivo

Por Jornal Notícias
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NÁGEL MUNGOI

O TEATRO com temáticas infanto-juvenis tem ganho cada vez mais espaço no país, principalmente nas capitais provinciais, sendo usado como uma ferramenta recreativa e de desenvolvimento das capacidades cognitivas das crianças.

Nos palcos, vários grupos têm apresentado histórias significativas com temas que ressoam com a experiência e o entendimento das crianças, como amizade, família, aventura, coragem e descoberta do mundo.

O teatro infanto-juvenil possui características distintas daquele voltado para o público adulto, visto que trata de uma audiência em desenvolvimento. Contribui para o desenvolvimento de habilidades sociais, emocionais e cognitivas.

Nos processos de criação, incluem-se, por exemplo, elementos interactivos, onde as crianças são convidadas a participar na história, respondendo a perguntas, ajudando os personagens ou mesmo subindo ao palco em certos momentos.

Neste contexto, a Escola de Comunicação e Artes da Universidade Eduardo Mondlane (ECA-UEM), na cidade de Maputo, acolheu esta semana a oficina “Dramaturgia e Criação de Espectáculos para Infância e Juventude”.

A iniciativa, da Associação Internacional de Teatro para Infância e Juventude de Moçambique (ASSITEJ), teve como objectivo capacitar os fazedores de teatro com técnicas, abordagens e perspectivas dramáticas modernas na criação de espectáculos para o público infanto-juvenil.

Segundo a actriz e co-fundadora da ASSITEJ, Sufaida Moyane, o curso surgiu como forma de compartilhar técnicas teatrais com os grupos que têm realizado peças infanto-juvenis em diferentes pontos do país.

“Felizmente, há um movimento positivo de teatro para crianças e adolescentes, porém há banalização das regras de constituição das peças para esta camada. Neste sentido, esta formação procurou dar luz sobre os princípios desta modalidade artística”, afirmou.

O primeiro ponto referido pela encenadora é a utilização do termo “Teatro para Infância” no lugar de “Teatro Infantil”, visto que este último tem uma conotação banal da prática artística.

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