Segunda-feira, 18 Novembro, 2024
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DANIEL CHAPO, CANDIDATO PRESIDENCIAL DA FRELIMO: O nosso projecto cobre todos os moçambicanos

Por Jornal Notícias
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PELA primeira vez desde que aceitou, em Maio, ser candidato da Frelimo a Presidente da República nas eleições de 9 de Outubro, Daniel Francisco Chapo concede uma grande entrevista na qual fala sobre si, a sua visão política, administrativa e profissional. Espelha, com ímpeto, a perspectiva de desenvolvimento que, caso vença o escrutínio, garante que vai implementar. Assume-se um quadro do Aparelho do Estado, daí o fervor na abordagem sobre o funcionalismo público. Do legado da pátria à reiterada defesa da soberania e manutenção e consolidação da paz como plataforma do progresso. Em face da sua dimensão, e porque é Moçambique em debate, olhando para a sua gente e plataformas de desenvolvimento, esta conversa, que decorreu no jardim da sede nacional do partido Frelimo, em Maputo, foi feita num formato diferente, juntando, para além do “Notícias”, a Televisão de Moçambique e a Rádio Moçambique. Eis, pois, parte dos excertos que hoje oferecemos ao estimado leitor, até porque, na edição de amanhã, haverá mais. Vamos à entrevista.

NOTÍCIAS (NOT) – Sabe-se que Daniel Chapo nasce em Inhaminga, no distrito de Cheringoma. Mas, de forma profunda, afinal, quem é o candidato presidencial da Frelimo?

DANIEL CHAPO (DC) – Sou Daniel Francisco Chapo e nasci no dia 6 de Janeiro de 1977, na vila-sede do distrito de Cheringoma. Erámos dez irmãos, três dos quais não sobreviveram. Crescemos sete e, infelizmente, dos quais somos, neste momento, apenas três irmãos. Perdi duas irmãs e também dois irmãos. O último, infelizmente, foi no ano 2021, em Maputo, que era um economista e funcionário do Banco de Moçambique. Neste momento fiquei eu e mais duas irmãs. Uma está em Maputo, e trabalha no sector bancário, e a outra é professora, na cidade da Beira.

NOT – Sobre os seus pais, o que pode contar?

DC – O meu pai era funcionário dos Caminhos-de-Ferro de Moçambique (CFM), era operador de compressor nas Oficinas Gerais, na Beira. A minha mãe, felizmente, está viva e é doméstica.

NOT – Nasce em Inhaminga, um espaço que reserva alguns dos momentos mais marcantes da história de Moçambique, nomeadamente pelo facto de ter sido palco de um dos mais bárbaros massacres de que há memória no nosso país. Estima-se que mais de três mil moçambicanos de Sofala, Manica e Tete tenham sido assassinadas pela tropa portuguesa, acusados de apoiar a FRELIMO, na altura movimento de libertação. Até que ponto o massacre de Inhaminga esteve presente nos registos de memória da sua família e marcou o seu crescimento?

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