Metade da água perde-se na rede

PERTO de metade da água da rede pública e privada não é contabilizada ou facturada, devido à persistência de casos de roubo, vandalização de infra-estruturas e fraca manutenção, o que exige a adopção de medidas para reduzir as perdas.

Neste contexto, a Autoridade Reguladora de Água (AURA) e os fornecedores públicos e privados buscam formas para pôr termo às perdas deste recurso, por forma a garantir mais investimento na expansão do sistema para as áreas recônditas.

A Presidente do Conselho de Administração da (PCA) da AURA, Suzana Saranga, defende ser crucial que as empresas encontrem urgentemente formas de minimizar as perdas da água, posição também defendida por consultor internacional, que defende o uso das novas tecnologias como solução mais eficaz.

“Anualmente temos relatório de desempenho das empresas de abastecimento de água e os indicadores mostram uma situação preocupante no nível de perdas, estando acima dos 40 por cento, havendo zonas onde atinge os 60 por cento”, disse.

Para acabar com este fenómeno, foram esta semana apresentadas várias estratégias acessíveis, uma das quais é melhorar a relação com os consumidores, aprofundar as ligações de base, porque é a nível dos quarteirões e consumidor que se podem reportar facilmente as fugas.

Outrossim, salientou ser importante que as empresas façam a reparação antecipada das fugas, reportar os desvios e roubos de água e fazer pequenos investimentos na melhoria da rede.

Indicou que o Governo está a mobilizar recursos juntos dos parceiros para se fazer os grandes investimentos de reposição das grandes condutas para melhorar os sistemas de abastecimento de água.

Joaquim Martins, especialista no sector de Águas, defende o recurso ao código QR nos contadores, facto que facilitará ao analistas fazerem a leitura do consumo de água.

Outra inovação para acabar com a perda de água e a fraca facturação é a introdução de contador com telemetria, dispositivo de alarme em caso de vandalização.