Domingo, 22 Dezembro, 2024
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Malawianos retidos por migração ilegal

Por Jornal Notícias
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O SERVIÇO Nacional de Migração (SENAMI) em Manica reteve na tarde de terça-feira no Posto Administrativo de Inchope, distrito de Gondola, 27 cidadãos de nacionalidade malawiana por não apresentarem visto de entrada.

O porta-voz da Direcção Provincial de Migração (DPM) em Manica, Abílio Mate, informou que os 27 cidadãos que acederam ao país através da fronteira de Zóbuè, na província de Tete, foram interpelados pelas autoridades no posto fixo de controlo migratório de Inchope, distrito de Gondola, em trânsito para a província de Maputo, supostamente à busca de melhores condições de vida.

Mate explicou que os cidadãos, agora a contas com as autoridades em Chimoio, foram interpelados num transporte público de passageiros. “Feitas as averiguações e constatou-se que os mesmos ainda não tinham sequer um local de hospedagem nem  meios de subsistência. Os retidos serão repatriados ao país de origem”, comentou.

A fonte revelou que o sector repatriou durante os primeiros seis meses deste ano mais de 102 estrangeiros de diferentes nacionalidades, com destaque para etíopes, zimbabweanos, somali e nigerianos.

Joyce Cambridge, uma das estrangeiras retidas, contou que decidiu migrar para Moçambique para ver melhoradas as condições de vida da sua família, depois de ter perdido maior parte de culturas agrícolas.

“Ouvi dizer a partir do Malawi que na cidade de Maputo existem muitas alternativas de sobrevivência, por isso optei em seguir a aventura com os meus compatriotas”, disse a jovem, mãe de um filho menor.

Por seu turno, Mohammad John disse que a situação da empregabilidade de jovens no seu país vai de mal a pior. “Ía à Maputo para procurar emprego e aliviar a fome”, explicou.

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