Segunda-feira, 18 Novembro, 2024
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QUÉNIA: Ruto nomeia opositores para “Governo alargado”

Por Jornal Notícias
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O PRESIDENTE do Quénia nomeou ontem quatro personalidades da oposição para fazerem parte do seu “Governo alargado”, tentando acabar com os violentos protestos que duram há mais de um mês neste país da África Oriental.

Os quatro políticos, todos membros do partido do histórico opositor Raila Odinga (Movimento Democrático Laranja, ou ODM), são John Mbadi, para o Ministério das Finanças, James Opiyo Wandayi, para o Ministério da Energia e Petróleo, Hassan Ali Joho, para o Ministério das Minas e Economia Marinha, e Wycliffe Oparanya, para o Ministério do Desenvolvimento das Cooperativas e Pequenas Médias Empresas.

De acordo com a agência de notícias AFP, estes nomes fazem parte de uma lista de dez pessoas anunciadas ontem pelo Chefe de Estado, para além de outros dez governantes apresentados ao Parlamento na terça-feira.

Estas nomeações dividiram a coligação da oposição Azimio, cujo líder, Musyoka Kalonzo, anunciou na sexta-feira que não participaria nem apoiaria o “Governo alargado” pretendido pelo Presidente.

“Felicito os dirigentes das várias organizações, tanto do sector público como do privado, incluindo os partidos políticos, pela sua resposta encorajadora à minha consulta sobre a formação de um Governo alargado”, declarou William Ruto.

“A sua vontade de pôr de lado posições e interesses partidários para se juntarem a uma parceria visionária para a transformação radical do Quénia é um testemunho histórico do seu patriotismo”, acrescentou o chefe de Estado. 

William Ruto dissolveu o Governo a 11 deste mês, num gesto de apaziguamento face a um poderoso movimento de protesto anti-governamental desencadeado pelo projecto de orçamento para o ano fiscal de 2024 e 2025, que introduzia novos impostos, que acabou por retirar.

A mobilização popular, liderada por jovens fora de qualquer partido, foi crescendo até chegar a uma breve invasão do Parlamento, a 25 de Junho, com a Polícia a responder com munições reais, matando pelo menos 50 pessoas.

Entretanto, dezenas de representantes dos meios de comunicação social participaram ontem em manifestações em várias cidades do país…

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