PR do Malawi concorre a um segundo mandato

O PRESIDENTE do Malawi, Lazarus Chakwera, garantiu a sua nomeação do Partido do Congresso do Malawi (MCP, na sigla em inglês) para se candidatar a um segundo mandato nas eleições do próximo ano, noticiou ontem a agência Reuters.

Apesar da nomeação, na noite de quinta-feira, as suas hipóteses de se manter no poder podem depender de o MCP encontrar um parceiro de aliança forte.

O MCP, que mantinha uma aliança eleitoral com o Movimento de Transformação Unida (UTM) desde 2020, carece agora de um aliado forte depois de a UTM ter dito que se retiraria da parceria após a morte do ex-vice-presidente Saulos Klaus Chilima,  num acidente de aviação em Junho .

Chilima era o líder da UTM e o seu partido ajudou Chakwera a garantir a maioria absoluta nas eleições de 2020. O sistema político do Malawi exige que um candidato presidencial obtenha mais de 50 por cento dos votos para ser declarado vencedor.

Chakwera disse aos delegados, numa convenção do MCP, que endossou a sua candidatura a um segundo mandato porque acreditava que o apoio ao seu partido tinha aumentado desde a última eleição.

“Esta não é uma convenção comum porque é a convenção do partido que vai ganhar em 2025”, disse Chakwera no seu discurso de quinta-feira à noite.

“Estamos a fortalecer-nos todos os dias à medida que mais pessoas de outros partidos se juntam a nós, à medida que as famílias fundadoras do MCP permanecem aqui e à medida que aqueles que deixaram o partido regressam”.

O MCP, fundado pelo primeiro presidente do país, Hastings Kamuzu Banda, regressou ao poder em 2020, depois de 26 anos na oposição, ao prometer lidar com a corrupção e fazer crescer a economia.

Mas os partidos da oposição dizem que o MCP não cumpriu as suas promessas, uma vez que a economia continua frágil.

O principal adversário de Chakwera é o ex-Presidente Peter Mutharika, que deverá ser endossado pela convenção do principal partido da oposição, o Partido do Progresso Democrático, no final deste mês.