Economia Implementação da TSU está a ser desafiante Por Jornal Notícias Há 6 meses Criado por Jornal Notícias Há 6 meses 1,5K Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 1,5K CHEGOU a Maputo em Setembro de 2020 como novo representante residente do Fundo Monetário Internacional (FMI), instituição para a qual ingressou em Agosto de 2010, tendo desempenhado várias funções. Alexis Meyer encontrou em Maputo, uma a economia sob bloqueio dos parceiros internacionais por conta do escândalo das dívidas não declaradas e que, simultaneamente, enfrentava os desafios impostos pela pandemia da Covid-19 bem como uma onda de ataques em Cabo Delgado onde os terroristas chegaram a ocupar espaços territoriais significativos. Durante a sua estada em Maputo, Meyer assistiu a implementação da controversa Tabela Salarial Única (TSU) ao mesmo tempo que participou nas negociações de um programa de financiamento das reformas estruturais voltadas a solidificar as instituições que gerem a coisa pública. Já na hora do adeus e numa entrevista exclusiva ao “Notícias”, Alexis Meyer diz que deixa Moçambique num estágio em que a província de Cabo Delgado está numa situação menos complicada, no entanto, reconhece que a economia precisa de encontrar um melhor equilíbrio. Leia a seguir os excertos da entrevista: NOTÍCIAS (NOT) – Está a terminar o mandato como representante do FMI em Moçambique. Volta com o sentimento de dever cumprido? ALEXIS MEYER (A. M.) – Foi um prazer muito grande trabalhar em e com Moçambique, tanto a nível pessoal como profissional. Tive a oportunidade de auxiliar nas negociações de um programa de financiamento com uma agenda de reformas estruturais voltadas a solidificar as instituições que gerem a coisa pública. Conseguimos avançar muitos objectivos comuns e isso sim me deixa contente. NOT- Na essência, como é que deixa a economia moçambicana e quais são os cenários para o futuro? M. – Quando cheguei a Maputo em 2021 estávamos em um momento complicado, em meio a pandemia. Acompanhei a primeira recessão em três décadas do país. Ao mesmo tempo tínhamos insurgentes controlando áreas importantes em Cabo Delgado. O país colocou muitas dessas dificuldades para trás, a pandemia foi combatida com medidas acertadas de políticas sanitárias e vacinação, com o auxílio das forças de Ruanda e SAMIM, Cabo Delgado vive hoje uma situação muito menos complicada e a economia voltou a crescer em níveis bastante razoáveis. Mas a economia precisa encontrar um melhor equilíbrio, o crescimento do sector não-extractivo precisa ser auxiliado e mais precisa ser feito para combater a pobreza. NOT – Nestes anos, qual é o momento que mais lhe marca na economia moçambicana? M. – Fiquei muito impressionado com a resiliência, calma e perseverança da sociedade durante a pandemia. Muitas famílias, principalmente aquelas ligadas ao sector de serviços, tinham perdido o emprego, mas pude ver como as pessoas buscavam as melhores saídas nesta dificuldade. Presenciei ali muito empreendedorismo e espírito comunitário. Me impressionou. NOT – Um dos grandes desafios que a economia tem é fazer com que o crescimento económico se reflicta na vida dos cidadãos. Como é que acha que isso deve ser feito? Leia mais… Você pode gostar também PORTO DE MAPUTO: Arranca 1.ª fase de expansão do terminal de contentores A importância da comunicação interna na cultura e reputação empresarial REDUÇÃO DA TAXA MIMO: Privados esperavam mais Leilão de rubis rende 68,7 milhões de dólares DESTAQUESECONOMIAFMI Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior Grupo Vista assume Société Générale no país Próxima artigo Falta de reversão lesa clientes da carteira móvel Artigos que também podes gostar Sector privado favorável à concessão das praias Há 21 horas MANIFESTAÇÕES: Empresariado já calculou os danos Há 2 dias CTA realiza hoje Economic Briefing Há 3 dias Vandalizações e bloqueios lesam CFM em mil milhões Há 3 dias Basílio Muhate reúne-se com empresas produtoras de Cimento Há 3 dias Combustíveis menos caros Há 3 dias