Sábado, 23 Novembro, 2024
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Continente regista 622 mortes por mpox

Por Jornal Notícias
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MAIS de 22.800 casos e pelo menos 622 mortes por monkeypox (mpox) foram registados desde Janeiro em 13 países africanos, confirmou a União Africana (UA), enquanto o continente aguarda por vacinas.

Com quase quatro mil casos relatados numa semana, “podemos ver o aumento em comparação com a semana passada. Isto mostra-nos que o surto ainda está a progredir”, disse Jean Kaseya, director-geral dos Centros Africanos de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC África), numa conferência de imprensa “online”, na terça-feira, repetindo um apelo por vacinas há muito esperadas.

De acordo com os últimos dados da agência da UA, que sublinha que nestes países é difícil ter a notificação de casos, foram documentados até agora 22.863 casos (3641 confirmados e 19.222 pendentes de resultados de análise) no Burundi, Camarões, República Centro-Africana (RCA), República do Congo, Costa do Marfim, República Democrática do Congo (RD Congo), Gabão, Libéria, Quénia, Nigéria, Ruanda, África do Sul e Uganda.

“A vigilância (epidemiológica) em África continua a ser fraca. Sabemos que em muitas zonas temos uma subnotificação dos casos”, alertou Kaseya, que disse que a instituição vai enviar 72 epidemiologistas para as zonas afectadas para melhorar o registo das infecções.

Sobre a chegada das vacinas ao continente, o director do CDC África disse esperar que as primeiras doses cheguem no início de Setembro à RD Congo, onde se regista o maior número de casos.

O CDC África declarou o mpox uma “emergência de saúde pública de segurança continental” a 13 deste mês.

Um dia depois, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou um alerta sanitário internacional para o mpox.

O alerta sanitário da OMS está relacionado com a rápida propagação e a elevada mortalidade da nova variante (clade 1b) no continente africano e com um primeiro caso na Suécia de um viajante que esteve numa zona de África onde o vírus circula intensamente.

Esta variante é diferente da clade 2, que causou um violento surto em África em 2022 e centenas de casos na Europa, na América do Norte e em países de outras regiões, e que já levou à declaração de uma emergência sanitária internacional entre 2022 e 2023.

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