DestaqueEditorial EDITORIAL Por Jornal Notícias Há 5 meses Criado por Jornal Notícias Há 5 meses 1,5K Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 1,5K O DISTRITO de Marracuene, província de Maputo, é, sem dúvida, “a capital económica temporária” de Moçambique, por conta da realização desde segunda-feira da 59.a edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM), evento que anualmente junta empresários nacionais e de vários quadrantes do mundo com interesses de fazer negócios no país.Dada a sua dimensão multifacetada, a FACIM é a maior montra de produtos e serviços nacionais com potencial para a exportação, além de ser uma oportunidade de atracção de Investimento Directo Estrangeiro.Enquanto exposição anual e multissectorial, a FACIM tem a vantagem de congregar num único espaço todos os sectores económicos à escala planetária, daí se ter tornado num lugar privilegiado de encontros de negócios.Números partilhados pela organização apontam para a participação no certame de 26 países e 3300 expositores, sendo 2300 empresas nacionais, o que concorre para o estabelecimento de parcerias e atracção de investimento.Na exposição destacam-se a indústria transformadora, serviços e agricultura, esta última com produtos de qualidade, o que, aliás, justifica o seu peso na economia, onde contribui com 25 por cento no PIB.É também notória a presença de sectores como a energia e mineração, numa demonstração clara da diversidade do potencial existente no país.Para além do sector formal, na FACIM, tal como em ocasiões anteriores, há também espaço para o informal, que tem expressão na economia. É a manifestação de uma feira inclusiva, cujos negócios não se circunscrevem nos contactos e parcerias entre empresas tradicionais.Apesar dos desafios económicos que o país atravessa, a FACIM demonstra a vitalidade duma economia consubstanciada na resiliência dum sector empresarial dinâmico, impulsionado por um continuado processo de reformas visando a melhoria do ambiente de negócios.Não obstante os resultados visíveis tanto a nível organizacional quanto na qualidade da exposição, somos levados a concluir que, mais do que promover, o país precisa de avançar rapidamente para uma legislação que obrigue ou que estabeleça quotas para a transformação local dos produtos, respondendo, aliás, ao lema da feira, “Industrialização: Inovação e Diversificação da Economia Nacional”.O desejo de se avançar nesta perspectiva voltou a ser manifestado pelo Presidente da República, no discurso inaugural da feira, mas achamos que, mais do que apelar, o Governo deve avançar rapidamente para uma legislação específica sobre esta matéria.Além dos ganhos financeiros em impostos para o Estado, a industrialização com base na transformação local das matérias-primas tem a vantagem de promover o emprego em toda a cadeia produtiva até à exportação.Um desafio vai para a organização da feira, para que melhore a qualidade das infra-estruturas da exposição e a fiabilidade da electricidade fornecida ao recinto. Não faz sentido que todos os anos os empresários se queixem da oscilação da corrente, o que acaba beliscando a imagem do evento.Desejamos, igualmente, que no final desta feira os 3300 expositores tenham feito negócios e fechado parcerias que procuram para o investimento, a bem da economia, que hoje tende a ser mais global. Você pode gostar também SURTO DE ANTHRAX EM MANICA: Autoridades restringem movimento de bovinos Tolerância de ponto para amanhã no país POR FALTA DE RÓTULO EM PORTUGUÊS: Autoridades ponderam retirar bens do mercado Procuradoria desafiada a conter crime organizado DESTAQUESEDITORIALFACIM-2024 Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior PIPELINE MOÇAMBIQUE-ZIMBABWE: Porto da Beira incrementa bombagem de combustível Próxima artigo Ossufo Momade vai juntar-se à campanha Artigos que também podes gostar Governadores empossados amanhã Há 11 horas UNFP quer 7,2 milhões de dólares para vítimas do ciclone Chido Há 15 horas Saúde adquire vacinas contra a cólera Há 21 horas GERAÇÃO DE ENERGIA: Zimbabwe e Zâmbia podem reduzir défice de água na... Há 21 horas MANIFESTAÇÕES VIOLENTAS: Estado perde em receitas 658 milhões de dólares Há 21 horas SUSPENSOS TEMPORARIAMENTE: Ressano, Limpopo, Goba e Sena voltam a ter comboios Há 21 horas