Sábado, 21 Dezembro, 2024
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Mesquita encerra por práticas suspeitas

Por Jornal Notícias
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OS residentes da unidade comunal de Nahene-1, no bairro de Mutava-Rex, posto administrativo de Namicopo, forçaram o encerramento, há dias, da mesquita Ab Bun Umair, instalada na zona, pertencente à seita islâmica salafiyyah, por suspeita de actos terroristas.

A Polícia diz que está a investigar as acusações dos moradores, enquanto o Conselho Islâmico de Moçambique (CISLAMO) condena o facto de se relacionar o terrorismo ao islão e esclarece que a mesquita em causa não faz parte da organização. Há cerca de dois meses, a residência de uma família de quatro membros foi incendiada por desconhecidos em Nahane-1.

Na sequência dos ferimentos graves contraídos, os quatro membros da família foram transportados de emergência ao Hospital Central de Nampula, onde viriam a perder a vida nos cuidados intensivos.

Em menos de um mês, outro incêndio ocorreu na mesma zona. Felizmente, os proprietários da residência incendiada escaparam por terem sido socorridos pelos vizinhos. As duas ocorrências foram classificadas como fogo posto.

Face à situação, e dado omodus operandi” dos malfeitores, ainda desconhecidos, os moradores de Nahene-1 começaram a suspeitar que se tratava de actividades terroristas e rebelaram-se contra os proprietários (um casal) da mesquita-madrassa que, temendo o pior, dada a fúria popular, encerraram as instalações e abandonaram  a zona.

Instado pelo “Notícias” a se pronunciar sobre o assunto, o representante do Conselho Islâmico de Moçambique (CISLAMO) em Nampula, o sheikh Abdul Magid, distanciou-se das suspeitas, manifestando preocupação com o caso. Assegurou, no entanto, que decorrem investigações, mas frisou que a mesquita em alusão não faz parte do Conselho Islâmico.

Por seu turno, o chefe de Relações Públicas no Comando Provincial, Dércio Samuel, também expressou a preocupação da corporação com as informações postas a circular, e assegurou que o assunto já está a ser investigado na comunidade, em algumas instituições religiosas e no Conselho Islâmico, com vista a apurar a veracidade dos factos. Refira-se que as autoridades governamentais na província de Nampula têm estado a reiterar apelos para que as comunidades aprimorem cada vez mais a vigilância e denunciem quaisquer movimentos estranhos, no âmbito da prevenção contra o terrorismo.

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