Domingo, 22 Dezembro, 2024
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Moçambique e Indonésia em vias de produzir vacinas

Por Jornal Notícias
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Elísio Muchanga, em Bali

MOÇAMBIQUE poderá, nos próximos anos, fabricar vacinas para a prevenção de várias doenças que afectam a população moçambicana e, deste modo, contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

A informação foi partilhada ontem, em Bali, pelo ministro dos Recursos Minerais e Energia, Carlos Zacarias, à saída do encontro bilateral Moçambique-Indonésia, no quadro da participação do governante moçambicano no II Fórum entre o país asiático e África, em representação do Presidente da República, Filipe Nyusi.

Anotou que, para o efeito, as duas partes estão em negociações avançadas não só para a produção local de vacinas como também de alguns medicamentos, o que poderá contribuir para a redução da importação de fármacos em Moçambique.

“Neste âmbito, as conversações estão avançadas, no entanto, mantemos os pontos-focais das áreas a trabalhar para que muito rapidamente materializemos os acordos, não só nesta área como em outras”, disse Carlos Zacarias, falando ao “Notícias”.

O ministro indonésio para Assuntos Marítimos e Investimentos, Luhut Pandjaitan, realçou que o objectivo do governo do seu país é desenvolver medicamentos genéricos para uso público, melhorar a qualidade dos serviços de saúde, estabelecer a produção nacional de vacinas e promover pesquisas médicas e científicas em parceria com instituições de renome em Moçambique.

Os dois governantes foram unânimes em apontar outras áreas de interesse, como transporte, pesca e infra-estruturas. “Há também interesse da Indonésia em investir no sector de pescas, uma vez que esta tem uma indústria pesqueira bastante avançada”, afirmou o governante indonésio.

Ainda sobre a cooperação no domínio das pescas, pretende-se acrescentar valor no sector através do processamento local dos produtos, trazendo maiores benefícios às comunidades costeiras e aos pescadores.

Outrossim, a cooperação deverá contribuir para assistência do país no combate à pesca ilegal e na melhoria das competências dos pescadores, através de programas de formação em aquacultura e economia azul.

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