Quinta-feira, 21 Novembro, 2024
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Bloco de Búzi pode produzir gás natural a partir de 2026

Por Jornal Notícias
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Elísio Muchanga, em Bali

O BLOCO de Búzi, na província de Sofala, poderá iniciar a produção de gás natural a partir de 2026. Com o cliente já assegurado, o mesmo será utilizado também para alimentar uma central termoeléctrica em Sofala.

Para o efeito, decorrem actividades de avaliação da descoberta que permitirão a submissão ao Governo do plano de desenvolvimento em finais deste ano.

A informação foi partilhada com o “Notícias” por Rudêncio Morais, administrador de pesquisa e produção na Empresa Nacional de Hidrocarbonetos ENH, EP à margem do II Fórum Indonésia-África em Bali.

Anotou que, paralelamente, decorrem trabalhos de aquisição de 1050 quilómetros de sísmica bidimensional por uma empresa da Indonésia, com a participação de técnicos da ENH.

Deu a conhecer que as actividades decorrem primeiramente na zona de Búzi (parte norte do bloco) e posteriormente em Divinhe (sul).

“O plano de trabalho em implementação indica que até Novembro de 2024 as operações de aquisição sísmica a norte do bloco de Búzi irão terminar em Novembro, prevendo-se o início a sul em Dezembro de 2024”, disse.

Realçou que o início da aquisição sísmica é um passo significativo, pois contribuirá para o conhecimento do potencial geológico de Búzi e Divinhe. “Os dados sísmicos recentes foram adquiridos em 2012/2013, sendo essencial obter novos que melhorem a compreensão da subsuperfície, com imagens mais detalhadas que ajudem na identificação e maturação dos prospectos identificados”.

Assegurou que a submissão do Plano de Desenvolvimento da descoberta de Búzi está prevista para o último trimestre de 2024, esperando-se que a primeira produção de gás natural arranque em finais de 2026.

A Buzi hydrocabonet é operadora do bloco com 75 por cento das acções, e ENH 25 por cento, em representação do Estado moçambicano, tal como acontece noutros projectos de gás natural.

Durante fórum o sector privado indonésio demonstrou disponibilidade de cooperar com empresas moçambicanas na transição segura de energia e na adição de valor aos recursos minerais localmente.

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