Segunda-feira, 16 Setembro, 2024
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Cinquenta mulheres morrem por falta de sangue

Por Jornal Notícias
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PELO menos cinquenta mulheres, dentre as quais gestantes, morreram no Hospital Central de Nampula (HCN) no ano em curso por falta de sangue, a maioria proveniente dos distritos.

A informação foi tornada pública pelo médico-obstetra e director do Comité de Doação de Sangue no HCN, Dinis Vieira, no quadro das celebrações do Dia do Dador. O responsável disse que os hospitais distritais transferem doentes com necessidade urgente de sangue para o Hospital Central e muitas vezes perdem a vida durante o percurso.

O médico sublinhou que essas mortes podiam ser evitadas, tendo em conta que a doação de sangue é um gesto nobre da pessoa humana para salvar vidas, não só de familiares, mas de todos aqueles que o necessitam.

Recentemente o departamento que dirige recebeu do Governo Central uma viatura para facilitar a deslocação aos distritos para a sensibilização das comunidades sobre a importância da doação de sangue, bem como a desmistificação dos mitos ligados ao acto.

Mogovolas, Murrupula, Mecubúri e Rapale são os distritos onde as comunidades estão a ser sensibilizadas e estão a ser criados os centro de testagem de grupo sanguíneo. Vieira apelou aos administradores, directores e chefes dos departamentos dos hospitais em todos os distritos a abraçarem a causa, mobilizando mais pessoas para doarem sangue para evitar mortes nas maternidades.

Pronunciando-se sobre a alegada venda de sangue, disse que o HCN não compactua com pessoas que se envolvem neste negócio. Indicou que este ano uma funcionária foi expulsa do Aparelho do Estado, depois que foi provado o seu envolvimento na venda de sangue na maior unidade sanitária da Zona Norte.

Enquanto isso, o vereador do pelouro de Saúde, Género e Acção Social no Conselho Municipal, Balto Duarte, manifestou disponibilidade e total apoio na consciencialização dos munícipes para a necessidade de doarem sangue para salvar vidas humanas nas unidades sanitárias. 

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