Terça-feira, 5 Novembro, 2024
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Cooperação China-África tem potencial para crescer

Por Jornal Notícias
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VALDIMIRO SAQUENE, em Beijing

COOPERAÇÃO económica e comercial entre a China e os países africanos tem potencial para continuar a crescer, sendo que as cadeias industriais e de abastecimento do gigante asiático e de Africa complementam-se mutuamente, oferecendo vastas oportunidades de negócios.

A ideia foi defendida ontem, em Beijing, pelo vice-presidente do Conselho para a Promoção do Comércio Internacional da China (CCPIT), Zhang Shaogang, que falava durante uma conferência de imprensa sobre o Fórum de Cooperação China-Africa (FOCAC), a decorrer a partir de hoje até sexta-feira na capital chinesa.

Durante o “briefing”, Zhang explicou que a oitava Conferência de Empresários Chineses e Africanos, a ter lugar na sexta-feira, no âmbito do FOCAC, irá centrar-se na promoção da integração das cadeias industriais e de abastecimento, assim como no desenvolvimento de indústrias emergentes.

A conferência é um dos principais espaços de interacção entre empresários que participam na cimeira, tendo sido inscritos para o evento 382 representantes de companhias chinesas e 408 de firmas africanas.

“Os empresários chineses e africanos utilizarão esta plataforma para reforçar os intercâmbios e a cooperação, explorar as oportunidades de comércio, investimento cooperação industrial, assim como partilhar os dividendos desta parceria económica”, afirmou.

Segundo Zhang, a China tem vindo a acelerar o desenvolvimento de novas forças produtivas de qualidade, enquanto Africa tem explorado activamente caminhos para a modernização e desenvolvimento auto-suficiente.

“O potencial de cooperação China-África em campos emergentes, como a economia digital, o desenvolvimento verde e inteligência artificial, é imenso”, observou.

Intervindo na ocasião, o director do Departamento de Relações do CCPIT, Lin Honghong defendeu que a cooperação económica e comercial entre China-Africa continuará a manter uma forte dinâmica, ressaltando que nos últimos três anos as empresas chinesas criaram mais de 1,1 milhão de empregos no continente.

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