Quinta-feira, 21 Novembro, 2024
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DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO: Governos locais da China querem fazer mais por África

Por Valdimiro Saquene
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VALDIMIRO SAQUENE, em Beijing

OS governos locais das províncias chinesas de Zhejiang e Hunan têm visto um progresso assinalável na cooperação com África nos últimos tempos e estão disponíveis para um maior envolvimento no desenvolvimento do continente.

A intenção foi manifestada ontem, em Beijing, pelas autoridades destas províncias, em duas conferências de imprensa como jornalistas, realizadas à margem do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), que decorre na capital chinesa.

Apresentando os seus planos de cooperação económica e desenvolvimento com países do continente, o vice-director do Departamento de Negócios Estrangeiros de Zhejiang, Chen Jiangfeng, afirmou que em 2023 o volume de comércio entre a província e África atingiu 53,9 mil milhões de dólares norte-americanos.

“No primeiro semestre deste ano as importações de Zhejiang provenientes de África atingiram 5,55 mil milhões de dólares, marcando um aumento anual de 12,9 por cento”, anotou.

Explicou que ao longo dos anos a cooperação industrial entre Zhejiang e países africanos expandiu-se gradualmente dos sectores de mão-de-obra intensiva para a indústria transformadora, economia digital e comércio electrónico transfronteiriço.

“Zhejiang proporcionou formação profissional a mais de 2800 indivíduos de mais de 160 empresas africanas”, acrescentou Chen.

Por sua vez, o economista-chefe do Departamento Provincial de Comércio, Zhu Jun, disse que Zhejiang investiu em 575 empresas em África, com destaque para os sectores da indústria têxtil, mineração de metais não ferrosos e comércio.

Destacou que em 2023 as exportações das empresas privadas de Zhejiang para África ascenderam a cerca de 38,97 mil milhões de dólares norte-americanos.

Numa outra conferência de imprensa, o vice-director do Gabinete dos Negócios Estrangeiros da Província de Hunan, afirmou que nos últimos anos Hunan se tornou uma das províncias mais activas na cooperação económica e comercial com África.

Referiu que Hunan estabeleceu 12 cidades geminadas com países africanos e que as universidades da província já formaram, até ao momento, cerca de três mil estudantes de mais de 40 estados do continente. As autoridades de Hunan comprometeram-se também a encorajar mais empresas chinesas a investir em África e a promover a partilha de recursos e crescimento industrial conjunto.

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