DestaquePolítica EDITORIAL Por Jornal Notícias Há 7 meses Criado por Jornal Notícias Há 7 meses 1,2K Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 1,2K O PAÍS comemora amanhã 50 anos da assinatura dos Acordos de Lusaka, entendimentos que determinaram o cessar-fogo entre a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) e o Estado Português e a consequente transferência da soberania de Moçambique do governo colonial para os moçambicanos. Trata-se, portanto, de um marco importante para os moçambicanos e que remete a uma reflexão sobre a necessidade da preservação das conquistas das últimas cinco décadas. O país depara-se, actualmente, com desafios que, se mal geridos, podem minar o alcance do almejado desenvolvimento inclusivo para todos os cidadãos. Tais desafios incluem a defesa da pátria, interesse nacional e consolidação da unidade e coesão nacional. Estes são, aliás, os fundamentos básicos para a manutenção da paz e condição primordial para o bem-estar. Na verdade, questões como a exploração dos recursos naturais energéticos que têm vindo a ser descobertos no território nacional têm o condão de tanto poderem contribuir para impulsionar o desenvolvimento e o crescimento económico e social, como também para causar instabilidade e pôr em causa a segurança nacional. A julgar pelos desenvolvimentos que se vêm registando nos últimos 50 anos, tudo indica que os moçambicanos estão conscientes do que fazer, tendo o diálogo como base para a resolução dos diferendos. Na verdade, a importância do diálogo ficou provada, por exemplo, com a assinatura do Acordo Geral de Paz, entre o Governo e a Renamo, em Roma (Itália), em 1992, e do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional de Maputo, em 2019. Outros desafios com os quais os moçambicanos se confrontam incluem o terrorismo e as ameaças não tradicionais à paz e segurança, como pandemias e alterações climáticas, sobretudo, num contexto em que o país está cada vez mais vulnerável aos riscos relacionados com fenómenos naturais extremos, incluindo secas, inundações e ciclones. Deste modo, sendo verdade que o país deve continuar a apostar no investimento das Forças Armadas para defender a soberania, é também fundamental que toda a sociedade moçambicana continue focada e apostada na promoção do diálogo permanente, como forma de garantir que prevaleça a paz, reconciliação, coesão e unidade nacional. Vale aqui também lembrar que persistem desafios decorrentes do processo de reinserção e reintegração social dos ex-combatentes, pois esta é uma das condições para uma efectiva reconciliação nacional. E porque o lema deste ano é “Combatente, 50 Anos de Liberdade Inspirando Gerações”, é expectável que a juventude assuma o legado dos combatentes pela liberdade e autodeterminação de Moçambique e faça a sua parte, contribuindo nos esforços tendentes à preservação da paz e promoção do desenvolvimento, assegurando a construção de um Moçambique cada vez mais próspero. A par do espírito de diálogo permanente, a história de Moçambique é, igualmente, escrita de factos e narrativas que engrandecem a resiliência e a coragem. Estes são alguns desafios com que Moçambique se debate hoje e para os quais todos são chamados a contribuir como forma de honrar aos que lutaram pela autodeterminação deste povo. Foto: J.Capela Você pode gostar também ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS: Entrega de candidaturas decorre entre Maio e Junho Ética e deontologia devem nortear trabalho do jornalista Presidente do Parlamento enaltece papel das religiões Verónica Macamo já está em Nova Iorque Editorial Jornal Noticias Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior Abdula “namora” moto-taxistas em Namicopo Próxima artigo PROJECTOS E PROGRAMAS EM ÁFRICA: China anuncia 50 mil milhões de dólares Artigos que também podes gostar Cinco milhões de dólares para empresas afectadas por ciclones e manifestações Há 6 horas Primeira-Dama anuncia 200 bolsas de estudo para filhos de viúvas Há 12 horas ONU reafirma compromisso com a paz em Moçambique Há 14 horas Moçambique reforça sua estratégia de expansão do registo civil Há 16 horas Morreu Nini Satar Há 16 horas Chefe do Estado endereça mensagem de saudação aos médicos Há 16 horas