DestaquePolítica EDITORIAL Por Jornal Notícias Há 4 meses Criado por Jornal Notícias Há 4 meses 1,1K Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 1,1K O PAÍS comemora amanhã 50 anos da assinatura dos Acordos de Lusaka, entendimentos que determinaram o cessar-fogo entre a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) e o Estado Português e a consequente transferência da soberania de Moçambique do governo colonial para os moçambicanos. Trata-se, portanto, de um marco importante para os moçambicanos e que remete a uma reflexão sobre a necessidade da preservação das conquistas das últimas cinco décadas. O país depara-se, actualmente, com desafios que, se mal geridos, podem minar o alcance do almejado desenvolvimento inclusivo para todos os cidadãos. Tais desafios incluem a defesa da pátria, interesse nacional e consolidação da unidade e coesão nacional. Estes são, aliás, os fundamentos básicos para a manutenção da paz e condição primordial para o bem-estar. Na verdade, questões como a exploração dos recursos naturais energéticos que têm vindo a ser descobertos no território nacional têm o condão de tanto poderem contribuir para impulsionar o desenvolvimento e o crescimento económico e social, como também para causar instabilidade e pôr em causa a segurança nacional. A julgar pelos desenvolvimentos que se vêm registando nos últimos 50 anos, tudo indica que os moçambicanos estão conscientes do que fazer, tendo o diálogo como base para a resolução dos diferendos. Na verdade, a importância do diálogo ficou provada, por exemplo, com a assinatura do Acordo Geral de Paz, entre o Governo e a Renamo, em Roma (Itália), em 1992, e do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional de Maputo, em 2019. Outros desafios com os quais os moçambicanos se confrontam incluem o terrorismo e as ameaças não tradicionais à paz e segurança, como pandemias e alterações climáticas, sobretudo, num contexto em que o país está cada vez mais vulnerável aos riscos relacionados com fenómenos naturais extremos, incluindo secas, inundações e ciclones. Deste modo, sendo verdade que o país deve continuar a apostar no investimento das Forças Armadas para defender a soberania, é também fundamental que toda a sociedade moçambicana continue focada e apostada na promoção do diálogo permanente, como forma de garantir que prevaleça a paz, reconciliação, coesão e unidade nacional. Vale aqui também lembrar que persistem desafios decorrentes do processo de reinserção e reintegração social dos ex-combatentes, pois esta é uma das condições para uma efectiva reconciliação nacional. E porque o lema deste ano é “Combatente, 50 Anos de Liberdade Inspirando Gerações”, é expectável que a juventude assuma o legado dos combatentes pela liberdade e autodeterminação de Moçambique e faça a sua parte, contribuindo nos esforços tendentes à preservação da paz e promoção do desenvolvimento, assegurando a construção de um Moçambique cada vez mais próspero. A par do espírito de diálogo permanente, a história de Moçambique é, igualmente, escrita de factos e narrativas que engrandecem a resiliência e a coragem. Estes são alguns desafios com que Moçambique se debate hoje e para os quais todos são chamados a contribuir como forma de honrar aos que lutaram pela autodeterminação deste povo. Foto: J.Capela Você pode gostar também Orçamento do Estado vai a voto no parlamento GIFIM rastreia milhões de meticais suspeitos Alerta laranja devido à seca e chuva intensa País introduz hoje vacina contra malária Editorial Jornal Noticias Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior Abdula “namora” moto-taxistas em Namicopo Próxima artigo PROJECTOS E PROGRAMAS EM ÁFRICA: China anuncia 50 mil milhões de dólares Artigos que também podes gostar Um morto em manifestações em Magoanine Há 7 horas QUADRA FESTIVA: Ressano Garcia “ressurge” com movimento incomum Há 10 horas Tolerância de ponto pelo Dia da Família Há 10 horas COM VITÓRIA DA FRELIMO E DANIEL CHAPO: Oposição discorda partido no poder... Há 11 horas Distúrbios e bloqueio no desfecho do processo Há 11 horas Chapo solidariza-se com as vítimas das manifestações reitera compromisso com a paz Há 24 horas