Domingo, 22 Dezembro, 2024
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PALESTINA: ONU pede fim da ocupação israelita

Por Jornal Notícias
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A ASSEMBLEIA-Geral (AG) das Nações Unidas (ONU) apelou ontem ao fim da ocupação israelita dos territórios palestinos ocupados dentro de 12 meses, numa resolução não vinculativa e já criticada por Israel como tendenciosa e cínica.

O texto da resolução, aprovado com 124 votos a favor, 14 contra e 43 abstenções, segue o parecer do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) de Julho, que a pedido da Assembleia-Geral analisou a ocupação dos territórios palestinos desde 1967 e considerou que “a continuação da presença” israelita nos mesmos “é ilegal” e que Israel tem “obrigação de pôr fim a isso […] o mais rápido possível”.

O texto “exige” que Israel “ponha imediatamente fim à sua presença ilícita” nos territórios e que isso seja feito “o mais tardar 12 meses após a aprovação desta resolução”. O primeiro rascunho do texto, o primeiro apresentado pela Palestina junto da AG da ONU, dava apenas seis meses.

O texto também “exige” a retirada das forças israelitas dos territórios palestinos, a cessação de novos colonatos, a restituição de terras e propriedades confiscadas e a possibilidade de regresso dos palestinianos deslocados.

A resolução também apela aos Estados-membros para que tomem medidas para impedir as importações provenientes dos colonatos e o fornecimento de armas a Israel se houver motivos “razoáveis” para acreditar que elas poderão ser utilizadas nos territórios palestinianos.

E pede ainda que os Estados-membros aprovem sanções contra pessoas que participam “na manutenção da presença ilícita de Israel” nos territórios ocupados.

Após a votação, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita, Oren Marmorstein, refere que Israel considera “tendenciosa” e cheia de “cinismo” a resolução aprovada pela Assembleia-Geral da ONU.

Entretanto, o Presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, garantiu ontem ao secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, que se empenhará em evitar uma eventual nova escalada do conflito no Médio Oriente.

Durante uma reunião no Cairo, al-Sisi e Blinken abordaram “os desenvolvimentos no panorama regional, e o Presidente egípcio assegurou que o seu país tudo fará para evitar uma escalada do conflito, pedindo a todas as partes para assumirem responsabilidades.

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