Quinta-feira, 21 Novembro, 2024
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CRIANÇAS E ADOLESCENTES: Persiste desigualdade nos cuidados de saúde

Por Jornal Notícias
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MOÇAMBIQUE continua a enfrentar desafios para promover o acesso integral à saúde desde cuidados pós-natais à adolescência, facto que propicia doenças infecciosas e não-transmissíveis.

A situação epidemiológica actual, marcada pela manutenção do peso elevado destas doenças e do trauma, aponta para um cenário futuro mais complexo, exigindo das autoridades um papel mais interventivo para atender às diversas necessidades, promovendo o desenvolvimento físico, emocional, social e mental dos menores.

A constatação foi feita, quinta-feira, em Maputo, pelo secretário permanente do Ministério da Saúde, Ivan Manhiça, na abertura do IV Congresso Moçambicano de Pediatria que debateu a abordagem integrada dos cuidados a ter com a criança de modo a controlar as principais doenças causadoras de morte neste grupo etário.

Referiu que, não obstante os progressos na redução da mortalidade neonatal, infantil e infanto-juvenil e na formação de médicos pediatras, o país ainda tem o desafio de assegurar cuidados pediátricos de qualidade, impondo-se o desenvolvimento de acções de prevenção de doenças e assistência à população infantil.

Defendeu ainda a intensificação da geração de evidências científicas multidisciplinares para enformar as políticas e práticas da saúde, identificação de soluções para os principais desafios e formação de mais profissionais, incluindo nos níveis de pós-graduação.

A presidente da Associação Moçambicana de Pediatras, Carla Wale, apontou como principal limitante a disponibilidade de recursos humanos qualificados. Actualmente, o país tem pouco mais de 70 pediatras, maioritariamente afectos ao Hospital Central de Maputo.

Para responder à demanda, o ideal seria a disponibilidade de pelo menos cinco profissionais da área nos hospitais de referência, e um nos distritais.

A representante do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças, Maria Inês de Deus, reafirmou o compromisso de continuar a colaborar com o Governo na redução da morte e mortalidade infantil, apoio ao Programa Nacional de Vacinação e contribuir para a aceleração da resposta ao HIV.

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