Quinta-feira, 21 Novembro, 2024
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Crise de água agrava-se no Bairro Marrere

Por Jornal Notícias
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A FALTA de água agravou-se nos últimos dois meses no Bairro Marrere. Os moradores recorrem aos rios que atravessam a região, alguns dos quais viveiros de crocodilos, como alternativa à falta de fontes adequadas e sistemas de abastecimento do recurso.

Segundo Rute Inácio, residente, o dia-a-dia das mulheres do bairro tornou-se um martírio, sendo grandemente preenchido por deslocações de longas distâncias à procura de água. Acrescentou que essas longas distâncias são percorridas, muitas vezes, de madrugada e com muita coragem, pois malfeitores ficam sempre atentos aos movimentos e na primeira oportunidade assaltam as vítimas, chegando mesmo a violentá-las sexualmente.

Contou, a propósito, que uma menor de 16 anos de idade escapou há dias a uma tentativa de violação sexual nas proximidades de um riacho, quando ia buscar água. A moradora Natália Luís teme que a água dos rios, muitas vezes sem tratamento, possa causar, entre os habitantes, doenças como diarreia e cólera.

“A situação em Marrere é crítica. Temos pessoas que ficam dias sem água em casa. Pedimos às autoridades para resolver o problema. As mulheres são as que mais sofrem, pois têm de acordar muito cedo para ir aos rios, que ficam longe das suas casas”, disse Custódio Miranda, residente de Mucopoa, uma das zonas mais afectadas pela crise.

Por seu turno, o chefe da Unidade Comunal de Mucopoa, Baptista Ali, reconheceu a gravidade do problema e afirmou que já foram feitos vários apelos às autoridades municipais no sentido de proverem água à região através da abertura de furos e construção de pequenos sistemas de abastecimento, enquanto a rede de distribuição do recurso não chega às comunidades.

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