Quarta-feira, 18 Dezembro, 2024
Início » INGUIDE: Acesso a serviços ainda é privilégio para poucos

INGUIDE: Acesso a serviços ainda é privilégio para poucos

Por Jornal Notícias
661 Visualizações

ETELVINA DOS SANTOS

A CORRIDA ao distrito municipal da KaTembe que se registou nos últimos anos, como resultado do crescimento urbano, não foi acompanhada pela expansão dos serviços básicos, deixando os recém-chegados largados à sua sorte.

Um dos casos mais notáveis está no bairro Inguide, onde quando anoitece a luz das velas, candeeiros e fogueiras, e o roncar dos geradores também ecoa, tomam conta da região na tentativa de driblar a escuridão.

A falta de energia eléctrica na terra que em tempos foi conhecida como Minguide, uma das matriarcas dos Tembes, faz do bairro um lugar pouco atractivo para viver.

À semelhança de muitas zonas em expansão, debate-se ainda com restrições de serviços básicos, que afectam significativamente a vida dos moradores que recorrem a várias possibilidades para minimizar as dificuldades do quotidiano.

Inguide faz fronteira com o bairro Chalí e o posto administrativo da KaTembe N’sime, em Matutuíne, e conta com uma população estimada em 5.150 habitantes, distribuídos em oito quarteirões, a maioria dos quais sem energia.

Enquanto uns recorrem a fontes alternativas para minorar a falta de corrente eléctrica, outros contribuem para comprar postes e cabos para acelerar o processo de electrificação levado a cabo pela Electricidade de Moçambique (EDM).

Esta realidade propicia a criminalidade, porque as ruas e terrenos baldios tornaram-se pontos preferenciais dos malfeitores, que se aproveitam da escuridão para assaltar, roubar electrodomésticos e outros bens, agravando a sensação de desamparo.

A morosidade na expansão da rede eléctrica e a falta de infra-estruturas sociais básicas, como estabelecimentos de ensino, unidades sanitárias, vias de acesso são outros factores que atrasam o desenvolvimento sócio-económico da região.

Ademais, a carência de transporte público é igualmente apontada como desafio, onde os munícipes são obrigados a permanecer longas horas à espera ou percorrer longas distâncias para aceder a este serviço no terminal de Pires.

Leia mais…

Artigos que também podes gostar