Quinta-feira, 21 Novembro, 2024
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CHIQUINHO CONDE, APÓS GOLEAR ESWATINI (3-0): Estávamos feridos no nosso orgulho

Por Jornal Notícias
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NARCISO NHACILA

O SELECCIONADOR Nacional de Futebol, Chiquinho Conde, assumiu que os “Mambas” estavam com o orgulho ferido após empate, na sexta-feira (1-1), diante de Eswatini, no Zimpeto, razão pela qual quiseram mostrar aos seus adeptos que são superiores a este adversário que, na noite de segunda-feira, golearam por 3-0, em jogo da quarta jornada do Grupo “I” de Qualificação ao CAN-2025, cuja fase final vai decorrer no Marrocos.

Falando em conferência de imprensa no final do jogo disputado no Estádio de Mbombela, na cidade de Nelspruit, África do Sul, onde Eswatini faz os seus jogos por não ter, em sua casa, campos provados pela Confederação Africana de Futebol (CAF), Chiquinho Conde vincou que os seus jogadores estavam  com orgulho ferido pelo empate, mas também por tudo o que aconteceu e que condicionou a exibição de sexta-feira.

Refira-se que esse jogo foi negativamente marcado por graves problemas relacionados com a indisponibilidade de três habituais titulares, nomeadamente o guarda-redes Ernan, o defesa central e sub-capitão Mexer Sitoe e o médio Ricardo “Guima” Guimarães, além de, no próprio dia de jogo, o técnico ter ficado a saber que não podia contar com David Malembana, curiosamente preparado para jogar no lugar de Mexer.

Mas há mais, a chegada dos jogadores ao estágio dos “Mambas” foi a conta-gotas, condicionando sobremaneira a preparação da equipa.

Para terminar, no próprio dia de jogo e após saber que não podia contar com David Malembana, Chiquinho Conde decidiu mudar a táctica, jogando num inusual 4x4x1x1. Normalmente, os “Mambas” jogam em 4x1x4x1, sistema táctico recuperado na segunda-feira, o que em parte abriu espaço a uma exibição de grande nível e uma vitória categórica que mantém viva as possibilidades de qualificação ao CAN-2025.

“Quero parabenizar os meus briosos jogadores, à claque e a todos que deixaram seus afazeres para virem apoiar a Selecção Nacional. Sentimos que tínhamos atingido um patamar que, não podendo dizer que era de excelência, fez com que o empate [da sexta-feira] fosse sentido como uma derrota. Claro que não menosprezamos o Eswatini, mas no jogo de segunda-feira concretizou-se o que esperávamos, que era ganhar”, começou por reconhecer o seleccionador nacional.

“Ganhamos e ganhamos muito bem. Jogamos com uma grande intensidade e fomos eficazes. Também acho que jogar à noite faz com que os jogadores se sintam frescos, até porque a maior parte joga na Europa e, lá, joga-se quase sempre de noite. Esse é um TPC para as nossas autoridades, porque isso ajudaria o nosso futebol”, indicou o técnico para quem, ao analisar de forma específica, o resultado de segunda-feira mostra que os jogadores quiseram repor o orgulho ferido com o empate.

“Fizemos dois jogos completamente diferentes e houve várias situações que condicionaram o rendimento de sexta-feira, em Maputo. Aqui os jogadores quiseram provar que temos uma equipa coesa que, quando está bem psicologicamente e há ânimo e destreza, joga com alegria. Os jogadores, feridos no seu orgulho por tudo aquilo que se estava a passar e se passou, quiseram se redimir do resultado de Maputo que, como disse, pela dimensão que temos atingido, foi como uma derrota”, sentenciou o treinador.

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