Domingo, 22 Dezembro, 2024
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CENTRAL DE CORUMANA: EDM projecta investir 110 milhões de dólares

Por Jornal Notícias
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A EMPRESA Electricidade de Moçambique (EDM) prevê investir, em parceria com outras privadas, 110,6 milhões de dólares norte-americanos na instalação de uma central solar de 60 MW junto à barragem de Corumana, localizada no distrito da Moamba, província de Maputo.

Trata-se de um projecto que para além da EDM envolve os privados da VBC, através da entidade operadora Central Solar de Corumana, estando neste momento a decorrer o estudo de impacto ambiental em consulta pública.

O projecto enquadra-se nos objectivos do Plano Estratégico do Governo para o sector energético, sendo este uma iniciativa que contribuirá para que o país alcance a meta de electrificação universal até 2030 e que permitirá a criação, directa e indirecta, de mais emprego, contribuindo para o crescimento económico do distrito de Moamba e da província de Maputo.

A central solar será implantada numa área de cerca de 142 hectares, junto à estrada R802 que liga Sábiè a Massingir, na localidade de Matunganhane, distrito de Moamba, a 6,5 quilómetros da barragem de Corumana.

A produção de electricidade através de parques solares no mercado moçambicano cresceu quase 14% no primeiro trimestre deste ano, mas ainda garante menos de 0,5% do total, indicam dados oficiais noticiados anteriormente pela Lusa.

De acordo com o relatório da execução orçamental de Janeiro a Março, a produção de electricidade em seis grandes parques solares do país, e por outras centrais mais pequenas, ascendeu neste período a 19.688 MegaWatts-hora (MWh), contra os 17.328 MWh nos primeiros três meses de 2023.

Apesar do crescimento da produção, os parques solares garantiram apenas 0,4% da produção total no primeiro trimestre, liderada pelos aproveitamentos hidroeléctricos, com 84,6%, e essencialmente a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (82,2% da produção total até Março).

Moçambique prevê avançar até 2030 com centrais solares em pelo menos cinco pontos do país, estimando introduzir na rede uma capacidade de 1000 MW de produção eléctrica, prometendo uma “verdadeira revolução solar”.

“Acelerar este tipo de projectos para uma escala maior é a forma mais simples de resolver o dilema estratégico de Moçambique após 2030: ter de escolher entre energia verde para exportação ou fornecer energia aos consumidores industriais”, segundo a Estratégia de Transição Energética (ETS).

A nova estratégia, que prevê investimentos de cerca de 80 mil milhões de dólares até 2050, aponta também para o desenvolvimento, numa primeira fase, até 2030, “pelo menos” 1000 MW de nova capacidade solar fotovoltaica em Dondo, Lichinga, Manje, Cuamba, Zitundo e outros locais “a identificar”, e 200 a 500 MW de nova capacidade de energia eólica “onshore”, nomeadamente em Inhambane, Lagoa Pathi.

“Os grandes investidores industriais que necessitam de maiores quantidades de electricidade verde devem ser incentivados, através de um ambiente empresarial e regulamentar favorável, a desenvolver projectos de energia solar e eólica em grande escala”, acrescenta-se no documento.

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