Segunda-feira, 23 Dezembro, 2024
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EM MENOS DE UM ANO: Cancro do colo do útero causa morte de 4200 mulheres

Por Jornal Notícias
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ESTIMA-SE que o cancro do colo do útero tenha causado a morte de 4200 mulheres, este ano no país, dos 5400 novos casos diagnosticados, o que corresponde a um aumento de cerca de três por cento de episódios, comparativamente a 2023.

Dados do sector da Saúde apontam para uma alta prevalência desta enfermidade nas províncias de Gaza e Zambézia, situação influenciada pela fraco acesso às unidades sanitárias, baixo nível sociocultural e HIV/SIDA.

Para além do cancro do colo do útero, o país detectou, este ano, pelo menos dois mil novos episódios do cancro da mama.

Falando ao “Notícias”, a chefe do Programa de Controlo do Cancro do Ministério da Saúde (MISAU), Cesaltina Lorenzoni, destacou que o aumento do número de pacientes com a doença reflecte, igualmente, os esforços na expansão dos serviços de rastreio e diagnóstico.

“Desde a introdução do Programa de Prevenção do Cancro do Colo do Útero e da Mama, em 2009, aumentámos para 50 por cento a taxa de cobertura da população elegível para o rastreio (mulheres entre 25 e 54 anos)”, explicou.

Ademais, actualmente cerca de 1700 unidades sanitárias dispõem de serviços de rastreio do cancro do colo do útero e mamografia para detecção do cancro da mama.

Neste contexto, são capacitados anualmente profissionais de saúde para rastrear e tratar quaisquer lesões no colo do útero.

Referiu que, em alguns hospitais, o rastreio é feito pela enfermeira de saúde materno-infantil, através da inspecção visual com ácido acético. “Caso a mulher tenha uma lesão menor é tratada imediatamente. Entretanto, se a ferida for grave, é transferida para um especialista”.

O cancro do colo do útero é causado pelo papilomavírus humano, contraído através de relações sexuais desprotegidas, cenário agravado pela fraqueza do sistema imunológico, sobretudo quando há co-infecções pelo HIV. 

Assim, no quadro do movimento “Outubro Rosa”, o Ministério da Saúde apela às mulheres sexualmente activas a se dirigirem à unidade sanitária para fazer os exames.

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