Quinta-feira, 21 Novembro, 2024
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CANCRO DA PELE: Mais de mil pacientes atendidos nos hospitais

Por Jornal Notícias
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MAIS de mil pessoas com albinismo foram atendidas nos hospitais do país, 150 das quais submetidas a cirurgia, no quadro das acções de prevenção e tratamento do cancro da pele, que afecta maioritariamente este grupo.

As actividades, a decorrerem num intervalo de dez dias, estão inseridas na V Missão Médica, composta por uma equipa de dermatologistas da Espanha, Portugal, Alemanha, México e EUA, os quais estão a trocar experiências com os técnicos de saúde nacionais. Até ontem haviam sido observados pacientes dos hospitais centrais de Maputo e Beira e provinciais de Xai-Xai e Tete.

A directora do Serviço de Dermatologia no Hospital Central de Maputo (HCM), Gilda Luciano, indicou que a unidade sanitária atendeu 300 pessoas e operou tumores a 65 doentes da cidade e província de Maputo.

Lamentou o facto de os pacientes procurarem ajuda médica num estado avançado da doença, não havendo outros meios de tratamento senão serem submetidos a cirurgia.

“Eles vêm muitas vezes na fase avançada dos cancros, mas são situações que podem ser preveníveis, pelo que há necessidade de fazermos sensibilizações a este grupo para que não cheguemos à fase de cirurgias, porque com tratamento médico pode-se fazer a destruição das lesões pré-cancerosas”, explicou.

Por ser hospital de referência, o HCM recebe doentes de todo o país, o que nalgum momento pressiona o Serviço de Dermatologia, porque os profissionais desta área estão em número reduzido.

“Precisamos de mais profissionais nos hospitais periféricos de modo que estes casos avançados não cheguem ao HCM, promover formações aos técnicos de categoria mais baixa para diagnóstico precoce, mas acima de tudo focalizarmos na educação a este grupo de modo que os casos não evoluam para graves”, vincou.

Juan Naya, director da ISDIN, uma das farmacêuticas parceiras da missão, explicou que há três anos realizam estas actividades num trabalho voluntário, sendo, por isso, difícil dizer quanto foi aplicado em valores monetários.

“O nosso sonho é um futuro sem cancro da pele, Moçambique é prioridade para nós, pelo que é muito importante ajudar as pessoas com cancro a se livrarem desta doença”, referiu.

Foto: Sérgio Manjate

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