Domingo, 22 Dezembro, 2024
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Acidentes marítimos matam 252 pessoas em nove meses

Por Jornal Notícias
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PELO menos 252 pessoas morreram nos últimos nove meses deste ano vítimas de acidentes ocorridos nas águas territoriais moçambicanas.

A província de Nampula é a que registou mais mortes, com um total de 111, seguida por Sofala, 44, Zambézia, 20, e Inhambane, Niassa e Maputo, com 15, 14 e 13, respectivamente.

Esta informação foi prestada ao “Notícias” por Elvira Matola, directora da Divisão de Segurança, Inspecção e Comunicações Marítimas do Instituto Nacional do Mar (INAMAR).

Anotou que apesar da queda significativa de casos de naufrágio, se comparado ao ano passado, no presente houve mais vítimas mortais, devido ao impacto do acidente registado em Lunga, na Ilha de Moçambique, no qual pereceram 98 pessoas.

O número de afogamentos registou um incremento em 17 casos, com o registo de 94 incidentes nos últimos nove meses deste ano.

A maioria dos acidentes marítimos, segundo a fonte, resultou da inobservância do boletim meteorológico, superlotação das embarcações ou sua deficiente manutenção, falta de equipamento de segurança nos mais de 450 mil barcos que se dedicam à pesca e transporte de pessoas e bens no país.

Com vista a reduzir o índice de sinistralidade, o INAMAR está a intensificar a presença nos principais pontos de embarque e desembarque de passageiros e carga. Neste contexto, está a interditar a circulação de embarcações sem meios auxiliares de navegação, como forma de garantir a segurança dos utentes.

Ainda com o mesmo propósito, decorre em todo o país uma campanha de angariação e distribuição de equipamentos de segurança marítima, como coletes salva-vidas, bóias e lanternas.

No caso especial de Lunga, as autoridades marítimas nacionais adquiriram, recentemente, uma embarcação de busca e salvamento.

Para os próximos anos prevê-se a aquisição de mais barcos para as administrações locais, para o salvamento, fiscalização e facilitação do transporte de pessoas.

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