DestaqueEditorial EDITORIAL Por Jornal Notícias Há 4 meses Criado por Jornal Notícias Há 4 meses 793 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 793 ASSISTE-SE, de há uns dias a esta parte, no país, a ajuntamentos incomuns de pessoas, manifestando-se em lugares públicos, alegadamente, em protesto contra os resultados das eleições gerais de 9 de Outubro, que conferem vitória à Frelimo e ao seu candidato presidencial, Daniel Chapo. É certo que não vamos aqui discutir os resultados das eleições, até porque o expediente atinente ao processo está entregue ao Conselho Constitucional, órgão a quem compete validar e proclamá-los. Vamos, sim, olhar para a natureza destas manifestações e o seu enquadramento na lei que regula este direito fundamental. Quanto a nós, a manifestação visa expressar publicamente uma vontade sobre determinados assuntos e ninguém deve ser coagido a tomar parte nela. Ora, o que assistimos um pouco por todo o país é que estes ajuntamentos têm um carácter peculiar: arrastam menores que, para além de não possuírem idade eleitoral, nada percebem do que se trata. O lugar destas crianças é a creche, é a escola primária para a iniciação da vida como garantes do futuro de Moçambique. Os ajuntamentos arrastam, igualmente, jovens, alguns dos quais frustrados devido à carestia da vida e sem espaço na sociedade para a realização dos seus desígnios. Entendemos que estas duas narrativas são, de per si, bastantes para concluirmos que estas manifestações entram em conflito com a lei, tendo como agravante o facto de, nalguns casos, terem como objecto a ofensa à honra e consideração devidas aos titulares dos órgãos do Estado. Outra circunstância agravante é o recurso à violência, pois muitos dos que se manifestam são portadores de armas brancas que as usam para assaltar residências, lojas e outros estabelecimentos comerciais pilhando-os. Cabe-nos, assim, perguntar que objectivos perseguem as pessoas que se juntam a este movimento, ao queimar pneus nas estradas, o que concorre para a sua rápida degradação, partir semáforos, vandalizar contentores de lixo, obstruir as vias de acesso, interrompendo a livre circulação de pessoas e bens? Fazemos esta pergunta tendo em conta que desde o início destas manifestações, pelo menos dez pessoas morreram e outras dezenas ficaram feridas para o desespero das suas famílias e da sociedade no geral. Outras dezenas estão detidas não pela sua participação nas marchas, até porque a manifestação é um direito constitucionalmente consagrado, mas por agirem ao contrário da lei. Aqui, enaltecemos o papel das autoridades civis e policiais ao tomarem as necessárias providências para que o exercício deste direito decorra sem perturbação da ordem e tranquilidade públicas. É bom também lembrar que marchas desta natureza só são autorizadas aos sábados, domingos e feriados, sendo que, nos dias úteis, apenas devem ocorrer entre as 17h00 e zero horas. Podem acontecer fora deste período quando devidamente justificado. Anotamos ainda que a violência política pós-eleitoral em nada ajuda na paz, crescimento e desenvolvimento do país. Pelo contrário, as consequências nefastas pesam no bolso do cidadão que pode não auferir o salário mensal porque a empresa não produziu devidamente. Manifestemo-nos com toda a responsabilidade! Leia mais… Você pode gostar também Tranquilade na região do Grande Maputo Iniciada digitalização de unidades sanitárias INSS passa a pagar subsídio de paternidade Nyusi exige integridade aos servidores públicos EDITORIALEleições 2024POLÍTICA Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior ÉPOCA CHUVOSA: INGD busca fundos para lidar com calamidades Próxima artigo ALERTAM ECONOMISTAS: Manifestações acentuam degradação da economia Artigos que também podes gostar PR nomeia sete secretário para ministérios Há 5 horas PR em visita de trabalho na África do Sul Há 9 horas Celebra-se hoje Dia do Destacamento Feminino Há 10 horas LAM reestrutura dívida de olhos postos na IATA Há 11 horas Manifestações causam prejuízos incalculáveis ao sector da justiça Há 11 horas VISITA DE TRABALHO À ÁFRICA DO SUL: Chapo e Ramaphosa reforçam cooperação Há 11 horas