Agricultura urbana é saída para jovens

A CRISE a que se assiste nos últimos tempos no mercado laboral, aliada às dinâmicas do crescimento urbano, levou muitos jovens a refugiarem-se na agricultura para gerar renda e alimentar as famílias.

Na cintura verde das cidades de Maputo e Matola cresce o número de jovens à busca de subsistência através do cultivo e venda de produtos frescos, que mais tarde abastecem os principais mercados.

O baixo investimento para o início da actividade e o potencial de criar oportunidades de trabalho para mais pessoas constituem atractivos para este negócio.

Na baixa de Romão, no bairro das Mahotas, centenas de jovens oriundos maioritariamente das províncias de Gaza e Inhambane, dedicam-se ao cultivo de hortícolas, que abastecem os estabelecimentos comerciais de referência na área metropolitana do Grande Maputo e países vizinhos como África do Sul e Eswatini.

Em conversa com o “Notícias”, os camponeses falam dos ganhos e abordam os desafios, muitos destes relacionados com as condições climatéricas, falta de investimento e apoio por parte das autoridades competentes.

Segundo contaram, o período chuvoso e de calor intenso são os mais desafiantes, visto que acumulam prejuízos com arrastamento das culturas pela fúria das águas pluviais ou perdem a qualidade devido à infestação de pragas.

Mas nem sempre as coisas correm mal. Na época de alta produtividade, os lucros são  maiores e com estes suprem as necessidades de alimentação, despesas escolares, construção  e ainda adquirem mais terra para expandir o negócio.

Foto: S. Manjate

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