Detidos na posse de 135 mil dólares

ESTÃO a contas com a Polícia três indivíduos, um moçambicano e dois paquistaneses, indiciados de prática de crimes de branqueamento de capitais e tentativa de suborno, depois de terem sido surpreendidos com altas somas em moeda estrangeira numa viatura.

Trata-se  dos irmãos M. Shabir e N. Momed e do moçambicano M. Alua, condutor da viatura em que era transportado o dinheiro em causa, 136.400 dólares e 48.165,00 meticais, sem justificativo da sua proveniência.  

N. Momed é também acusado de tentativa de suborno ao comandante distrital da PRM em Nhamatanda por 100 mil meticais.

Segundo o chefe do Departamento de Relações Públicas no Comando provincial da PRM em Sofala, Roberto Selemane, os detidos não conseguiram apresentar nenhuma justificação sobre a  proveniência do valor que tinham na sua posse.

“Quando foram questionados sobre a proveniência do valor não souberam justificar, nem mesmo a que é que se destinava o dinheiro, embora desenvolvam actividades comerciais aqui na Beira, cuja moeda de troca é o metical, resultando daí a suspeita de crime de branqueamento de capitais”, disse o chefe de Relações Públicas.

Roberto Selemane garantiu que o dinheiro fica na posse do Estado enquanto correm os trâmites legais sobre este caso.

O indiciado M. Shabir disse que o valor é fruto de uma transacção comercial de um imóvel localizado na cidade de Chimoio, onde o comprador é de nacionalidade malawiana, resultando daí que ele pagasse em moeda estrangeira, porém não dispunham de nenhum comprovativo da referida operação de  compra e venda. 

“Há três semanas que o dinheiro estava na viatura. Vendemos a nossa loja no Chimoio. O nosso advogado ainda está a tratar dos documentos da transacção”, disse o indiciado.

O motorista M. Alua nega qualquer envolvimento no negócio, alegando que só estava a trabalhar e não sabia que o carro trazia altas somas.

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