Terça-feira, 3 Dezembro, 2024
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PRESIDENCIAIS NOS EUA: Norte-americanos votaram mas resultados podem demorar

Por Jornal Notícias
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OS norte-americanos votaram ontem para escolher o futuro Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), em ambiente de grande tensão e incerteza e com a forte probabilidade de não haver um resultado final nas próximas horas. Ao longo dos últimos meses, ambos os partidos (mas especialmente o Partido Republicano) contrataram dezenas de escritórios de advogados para as prováveis litigâncias sobre elegibilidade de votos e pedidos de recontagem, sobretudo nos estados cruciais que podem decidir o resultado final. Com as sondagens a indicarem diferenças marginais (dentro da margem de erro) entre os dois principais candidatos, ninguém esperava conhecer um desfecho na noite eleitoral, podendo acontecer que o processo se arraste durante dias ou até semanas. A vice-presidente e candidata democrata à presidência dos EUA, Kamala Harris, passou o dia eleitoral na Casa Branca, enquanto o adversário republicano, Donald Trump, esteve na Florida, ambos sob apertado dispositivo policial. Nestas eleições, os norte-americanos também elegem 34 senadores (em 100) e todos os 435 membros da Câmara de Representantes, além de disputas para governador em 11 dos estados e dois territórios (Porto Rico e Samoa Americana). No entanto, dos 240 milhões de eleitores, perto de 80 milhões votaram antecipadamente, quando as sondagens dizem que todos os desfechos de vitória são possíveis. No último dia de campanha, os dois candidatos mimetizaram-se nos estados que as sondagens indicam ser cruciais para o desfecho final das eleições, cujo resultado dificilmente será conhecido de imediato, provavelmente estendendo-se ao longo dos próximos dias ou até semanas (dependendo dos pedidos de recontagem de votos ou mesmo de litígios judiciais sobre a elegibilidade de alguns dos votos).Uma vitória de Donald Trump faria dele o primeiro novo Presidente a ser indiciado e condenado por um crime, e dar-lhe-ia o poder de encerrar outras investigações federais pendentes contra si. Tornar-se-ia também o segundo Presidente na história dos EUA a conquistar mandatos não consecutivos na Casa Branca, depois de Grover Cleveland no final do século XIX.Kamala Harris, por sua vez, poderá ser a primeira mulher, a primeira mulher negra e a primeira pessoa de ascendência sul-asiática a chegar à Sala Oval, quatro anos depois de quebrar as mesmas barreiras ao tornar-se vice-presidente. Harris, de 60 anos, apresentou-se como uma mudança geracional em relação ao actual Presidente Joe Biden, de 81 anos, e Trump, de 78.

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