Segunda-feira, 23 Dezembro, 2024
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FRONTEIRA DE RESSANO GARCIA: Camiões podem voltar a passar a partir de hoje

Por Jornal Notícias
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CAMIÕES podem voltar a passar pela fronteira de Ressano Garcia, entre Moçambique e África do Sul, a partir de hoje, depois da interrupção verificada esta semana na sequência da sabotagem do equipamento das Alfândegas e da Migração.

Segundo o vice-ministro dos Transportes e Comunicações, Amilton Alissone, que avançou as previsões ao “Notícias”, actualmente decorre um trabalho para a retoma do funcionamento pleno da fronteira, até porque há que normalizar o abastecimento do país em bens essenciais.

Amilton Alissone visitou ontem o posto fronteirço de Ressano Garcia e constatou a aptidão para a entrada e saída de peões e viaturas ligeiras, uma vez que os camiões são alvo de saques, principalmente no Km 4, um posto das Alfândegas.

Assim, o vice-ministro avançou que a primeira medida adoptada foi a alocação de forças especiais no corredor de Maputo para evitar novos episódios de sabotagem.

Fazendo uma avaliação do impacto dos saques nos camiões e à onda de violência, o vice-ministro avançou que a situação está a propiciar a subida do preço e escassez de produtos alimentares e farmacêuticos em Maputo.

O mesmo cenário afecta igualmente a chegada de mercadorias em trânsito para outros países através do Porto de Maputo, cenário que se torna prejudicial para a economia doméstica.

Explicou que para além dos problemas mencionados as vandalizações e roubo de produtos nos camiões estão a gerar falta de confiança dos transportadores e exportadores no Corredor de Maputo. 

Neste contexto, argumentou, ao invés de os exportadores privilegiarem o transporte dos seus produtos através de Maputo podem optar por portos sul-africanos, o que constitui um prejuízo para a economia. 

É por conta disso que referiu que a primeira grande consequência que se está a verificar “é o incremento do preço dos produtos em Maputo. A segunda é a escassez de alguns produtos, desde alimentícios, farmacêuticos até alguns consumíveis da indústria”, detalhou.

Referiu que esse fenómeno concorre para geração de desemprego, considerando que ao nível do Corredor de Maputo há uma considerável cadeia de valor existente e quedeixou de funcionar.

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