Domingo, 22 Dezembro, 2024
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Comércio acumula prejuízos

Por Jornal Notícias
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NUMA altura em que se fala de mais uma vaga de manifestações, comerciantes e outros provedores de serviços queixam-se dos enormes prejuízos que têm estado a somar por causa da instabilidade prevalecente.

Embora reconheçam o direito à manifestação por parte de quem as promove, são também unânimes em dizer que há uma clara violação dos direitos dos outros cidadãos que por motivos diversos não participam activamente nas mesmas. Há claramente – dizem – uma violação do direito de escolha do outro.

Os protestos, convocados pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, suportado pelo partido PODEMOS, visavam paralisar as actividades do dia-a-dia e em alguns pontos do país acabam em vandalização de propriedades públicas e privadas, bloqueio de estradas, saques a estabelecimentos comerciais, destruição de viaturas, entre outras acções que inibem o curso normal da vida. Devido a isso, muitas pessoas acabavam por ter o receio de circular pelas ruas  quase em todo o país, como forma de salvaguardar a sua integridade física.

A cidade da Beira foi uma das que registou fraca adesão às manifestações violentas; as marchas foram pacíficas, mas mesmo assim os danos para a sociedade, com destaque para o comércio, são notórios, pois causaram a fraca circulação de pessoas, daí os prejuízos avultados de que reclamam os negociantes.

Lojas de venda de diversos produtos, supermercados e os mercados informais que comercializam produtos frescos de fácil deterioração têm se visto obrigados a descartá-los.

Entretanto, os prejuízos não só foram visíveis por causa da falta de clientes, mas também por zelo dos proprietários dos estabelecimentos comerciais, que nos dias reservados às manifestações preferiam encerrar as portas por temer danos com as possíveis vandalizações.

O impacto foi mais violento para os que praticam a venda informal, tendo em conta que a maioria deles vivem do que ganham no dia-a-dia, o que equivale a dizer que se não vendem num determinado dia não conseguirão colocar o pão à mesa…

O sector dos transportes também foi severamente afectado. Os transportadores não conseguiam alcançar as suas metas diárias devido à fraca circulação de pessoas e bens, com destaque para os taxistas, que dependem muito dos clientes que frequentam supermercados e lojas.

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