Obstrução de vias dificulta recolha de lixo

 A VANDALIZAÇÃO de contentores de lixo durante as manifestações que vêm decorrendo há algumas semanas está a condicionar a recolha de lixo na cidade de Maputo.

Os protestos impediram a circulação dos camiões de recolha de resíduos sólidos em vários bairros da capital do país, resultando na multiplicação de contentores cheios e montes de lixo em muitos pontos da cidade.

Numa ronda efectuada pelo “Notícias” foi possível observar tal cenário nas avenidas de Moçambique, Lurdes Mutola, Sebastião Marcos Mabote e Julius Nyerere, por exemplo, contentores a transbordar, para além de acúmulos de lixo na via pública.

Em algumas áreas da urbe não havia contentores disponíveis, o que levou os munícipes a descartarem os resíduos no chão.

Os mercados Vulcano, no bairro do Aeroporto, e Xiquelene, na Praça dos Combatentes, são alguns dos locais onde os vendedores estão a comercializar os produtos a poucos metros de imundície. O cenário gera desconforto tanto para os vendedores como para os clientes, que têm de enfrentar condições insalubres.

Nataniela Sebastião, vendedora de hortícolas no mercado Vulcano, relatou as dificuldades causadas pela acumulação de lixo nas imediações, com destaque para o mau cheiro e a presença de moscas.

“Gostaríamos que a situação fosse resolvida com urgência, porque é desconfortável conviver com o cheiro nauseabundo”.

Joaquim Matumbo, comerciante de Xiquelene, relatou que a acumulação de lixo nas proximidades é um perigo à saúde pública.

O “Notícias” tentou entrar em contacto com o vereador do Ambiente e Salubridade da cidade de Maputo para obter reacção à preocupação dos munícipes. Porém, este mostrou-se indisponível para prestar declarações.

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