Quarta-feira, 18 Dezembro, 2024
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AVALIA ACADÉMICO CALTON CADEADO: Regresso de Trump não traz grandes mudanças para África

Por Valdimiro Saquene
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O REPUBLICANO Donald Trump regressa à Casa Branca sucedendo o Presidente democrata Joe Biden, depois de numa disputa renhida com a candidata democrata Kamala Harris nas eleições presidenciais de 5 deste mês.
Trump foi eleito o 47.º Presidente dos Estados Unidos da América (EUA) depois de conseguir 312 votos do colégio eleitoral, contra os 270 necessários, conquistando todos os Estados considerados decisivos, nomeadamente, Arizona, Pensilvânia, Wisconsin, Michigan, Carolina do Norte, Nevada e Geórgia.

Donald Trump terá um controlo quase total sobre os principais mecanismos do Governo dos EUA, uma vez que o republicanos somaram a Câmara dos Representantes às vitórias na Casa Branca e no Senado.
O sucessor de Joe Biden será empossado a 20 de Janeiro de 2025, numa cerimónia pública junto ao edifício do Capitólio, em Washington.

Logo após o anúncio da vitória de Trump, vários líderes mundiais, incluindo africanos, enviaram mensagens de felicitação pela reeleição manifestando o desejo de continuar a manter as relações de cooperação nos próximos quatro anos de mandato.

Falando em entrevista ao “Notícias” sobre as expectativas do regresso do republicano à Casa Branca, o professor de Relações Internacionais na Universidade Joaquim Chissano (UJC), Calton Cadeado, afirmou que as relações entre EUA e África não deverão sofrer grandes mudanças.
Segundo Cadeado, o facto de o continente não ter sido tema de debate durante a campanha eleitoral para as eleições norte-americanas já demonstrava que África não seria prioridade na agenda de política externa dos EUA nos próximos anos.
Na entrevista, o analista aborda também o impacto que o “anti-americanismo” pode ter no combate ao “jihadismo” no Sahel, onde países governados por juntas militares cortaram relações com o Ocidente e associaram-se a países como a Rússia.
Cadeado partilha também a sua opinião sobre os possíveis desfechos dos conflitos no Médio Oriente, Ucrânia e Sudão, alguns dos quais surgiram ou agudizaram‑se durante a administração Biden.
Acompanhe, a seguir, as principais incidências da conversa que o “Notícias” manteve com o docente da UJC.

Notícias (NOT) – Entre 2016 e 2020, os interesses de Washington no continente africano se caracterizaram por propósitos directamente vinculados à contenção da influência chinesa e russa. Qual acha que será a tónica dominante dos interesses norte-americanos em relação a África nos próximos quatro anos?

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